Hotelaria abre mais oportunidades de emprego

O setor de hotelaria e alimentação está aquecido neste fim de ano, no Paraná. E a movimentação está se refletindo na abertura de mais postos de trabalho. Só nas Agências do Trabalhador espalhadas pelo Estado, o número de vagas de emprego, entre setembro e novembro deste ano, aumentou 30% em relação ao mesmo período em 2007.

Apenas em novembro, foram 46% mais vagas do que no mesmo mês do ano passado. Mas esses postos nem sempre são preenchidos, por falta de qualificação dos candidatos.

Em todo o Paraná, foram 5.031 vagas entre setembro e novembro de 2008, contra 3.816 no mesmo período do ano passado. Em novembro, a Agência do Trabalhador registrou 1.536 vagas, contra 1.053 em 2007.

E ainda há 310 vagas abertas, segundo a coordenadora de Intermediação de Mão-de-Obra da Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social (SETP), Angela Carstens. “As contratações normalmente vão de outubro a janeiro”, afirma.

De acordo com ela, os municípios responsáveis pelo crescimento nos postos de trabalho são principalmente os do Litoral do Estado e Foz do Iguaçu. As outras cidades costumam, segundo ela, ter índices mais constantes.

O presidente do Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurante e Similares de Foz do Iguaçu (Sindhoteis), Carlos Antônio da Silva, confirma a maior procura por profissionais da área na cidade. Os números dele, porém, são mais modestos que os da SETP. “Tivemos um acréscimo de 6,5% em relação ao ano passado”, informa.

“Os hotéis da cidade vêm tendo taxas de ocupação interessantes, e precisam de qualidade na prestação dos serviços”, diz Silva. Segundo ele, as funções que o setor tem tido mais dificuldades em preencher são as que exigem mais especialização, como de maitre, garçom e os cargos de gerência, cujos salários podem chegar à faixa de até R$ 3 mil. “É uma boa profissão, com retorno garantido”, avalia.

Para o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Paraná (ABIH-PR), Henrique Lenz Cesar Filho, o principal responsável por esse aumento na procura de profissionais é o setor de alimentos e bebidas.

“Os hotéis vêm mantendo a média tradicional”, aponta. Mas ele também indica que houve uma boa demanda por eventos e congressos em Curitiba, durante o segundo semestre deste ano, que pode ter influído em novas contratações.

Escolaridade

Apesar das vagas existirem, o problema tem sido preenchê-las. Para Carstens, a origem está no baixo nível de instrução dos candidatos: “Muita gente não está qualificada porque não tem escolaridade. Não posso fazer um curso de preparação se a pessoa não sabe nem interpretar um texto”, conclui. As empresas do setor, segundo ela, costumam exigir pelo menos o ensino médio completo.

“Um porteiro ou um recepcionista de hotel, por exemplo, tem que ter um mínimo de noção para receber um hóspede. Na alimentação, precisam de noções de higiene, conservação de alimentos e de não desperdício de água. Isso está diretamente ligado à escolaridade”, ressalta a coordenadora.

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