Governo equatoriano pretende reduzir ganho das petroleiras

O governo do Equador quer reduzir substancialmente o ganho das petroleiras que operam no país, em uma renegociação de contratos que deve ser concluída em até 45 dias. Em seu programa de rádio, no sábado, o presidente Rafael Correa chegou a falar em pagar US$ 10 por cada barril produzido em campos equatorianos, mesmo que as cotações internacionais estejam em torno dos US$ 90 por barril. A Petrobras produz uma média de 10 mil barris por dia no país vizinho.

Às companhias que se recusarem a migrar para novos contratos, Correa deixou duas opções: a manutenção dos contratos atuais, com taxação de 99% sobre "ganhos extraordinários", ou a saída do país. "Queremos migrar para esses contratos de serviços especiais, que se chamam prestação de serviços, onde pagaremos US$ 10 por cada barril contabilizado, renegociando obviamente. O resto é para nós, que somos os donos dos recursos", afirmou Correa.

Procurado, o ministro de Energia e Minas, Galo Chiriboga, não foi encontrado para comentar o valor anunciado pelo presidente. Sua assessoria informou que os contratos ainda estão em negociações e que não há valores definidos. A exemplo do que ocorreu na Venezuela e na Bolívia, Correa assumiu o governo com a renegociação dos contratos petroleiros como uma de suas principais bandeiras.

"Se não estão contentes, não há problema, aqui não queremos estressar ninguém. Quanto gastaram em investimentos? Se foi US$ 200 milhões, daremos seus US$ 200 milhões e que se vão, que a Petroecuador operará o campo. Mas não permitiremos, compatriotas que sigam levando em peso nosso petróleo", afirmou o presidente segundo texto publicado no site do governo. Segundo o diário La Hora, Chiriboga deu um prazo de 45 dias para um acordo.

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