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Governo estende auxílio emergencial por mais 2 meses, mas não divulga calendário

Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

O governo confirmou terça-feira (30) a prorrogação do auxílio emergencial. Serão liberados mais R$ 1.200 nos próximos dois meses.

Não foi informado, porém, como será feito o pagamento. As prestações correspondem a pagamentos do benefício em julho e agosto, que somam R$ 1.200. O governo estuda dividir esse valor em mais de um pagamento mensal.

O pagamento referente a junho começou a ser feito no último sábado e teve o saque escalonado até setembro, conforme a data de aniversário do beneficiário.

O auxílio emergencial é pago a trabalhadores informais, autônomos, desempregados e microempreendedores individuais (MEIs), cuja renda foi reduzida durante as medidas de isolamento social para tentar conter a transmissão do novo coronavírus.

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O governo vinha sendo pressionado pelo Congresso a prorrogar o benefício, apesar do custo do programa emergencial. A estratégia adotada nesta terça foi estender o auxílio com o mesmo valor atual. de R$ 600, sem precisar enviar um novo projeto para o Congresso —a aprovação legislativa seria necessária caso houvesse alteração no valor.

Cadastro

Quem já teve o cadastro aprovado pelo governo estará automaticamente apto a receber a quarta e a quinta parcela. “Não há necessidade de se recadastrar”, informou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães. O banco é responsável pelo pagamento do auxílio.

Ele, porém, lembrou que o período para se cadastrar encerra em 2 de julho. Até o último balanço, 65 milhões de pessoas já tiveram o cadastro aprovado. Cerca de 1 milhão de pedidos ainda estão em análise.

A decisão de manter o valor por mais dois meses é diferente daquela anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro ao lado do ministro Paulo Guedes (Economia) na última quinta-feira (25). Eles informaram em live que deveria haver uma prorrogação do auxílio por mais três meses em parcelas de R$ 500, R$ 400 e R$ 300.

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O anúncio foi feito em cerimônia no Palácio do Planalto, com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ao lado de ministros e dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O ministro Onyx Lorenzoni (Cidadania) disse que o governo, com a prorrogação, cumpre com determinação do Congresso de que pode haver uma extensão do benefício por ato do poder Executivo.

“É o que o presidente está fazendo, para garantir por mais dois meses a continuidade de um programa que foi a grande rede de proteção que permitiu, junto ao BEM (Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda), que preservássemos mais de 10 milhões de empregos formais e ao mesmo tempo entendêssemos essa rede de proteção a 65 milhões de brasileiros.”

Em entrevista logo após a cerimônia, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, falou sobre a possibilidade de fracionamento do valor. “O importante é que, durante os 30 dias, são R$ 600”, disse. “Quando você fala em fracionamento, você pode gerar alguma certa insegurança para as pessoas e também em alguns casos, uma aglomeração de pessoas desnecessária na rede bancária.”


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