Entre empresários, Obama ressalta petróleo brasileiro

A exploração de petróleo no pré-sal ainda nem começou, mas o presidente Barack Obama deixou claro hoje que os Estados Unidos querem ser um dos “melhores fregueses” do Brasil.

O interesse americano não está restrito à compra de petróleo. Segundo Obama, as empresas americanas podem “ajudar” no desenvolvimento da exploração dos novos campos.

“Queremos trabalhar com vocês, queremos ajudar”, disse o presidente durante discurso num fórum de empresários. “Quando vocês estiverem prontos para vender, queremos ser um de seus melhores fregueses”, acrescentou.

Diante dos empresários, Obama avaliou hoje a importância e o tamanho da economia brasileira. Disse que o País tem uma economia globalmente importante e que deve ser tratado como são tratadas a China e a Índia. “É hora de tratar o diálogo econômico com o Brasil tão seriamente quanto tratamos com a China e a Índia”, afirmou Obama.

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O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, explicou que os EUA já são hoje, na prática, um dos principais compradores de petróleo brasileiro. “Do ponto de vista comercial, não é uma grande novidade. O que pode ser uma novidade é o governo americano começar a considerar o valor estratégico dessa relação”, afirmou.

Obama tentou mostrar aos empresários brasileiros que o fortalecimento das relações entre os dois países será vantajoso para as empresas dos dois lados e defendeu, além do setor de energia, esforços nas áreas de comércio, educação e infraestrutura.

Reação

Para o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, as palavras do presidente Obama fortalecem a expectativa de um aumento no comércio entre os dois países. “A presença do presidente Barack Obama num encontro empresarial dá uma sinalização firme e clara de que os Estados Unidos veem hoje o Brasil como um importante aliado no mundo”, disse.

O presidente da Câmara Americana de Comércio (Amcham), Gabriel Rico, mostrou-se ainda mais entusiasmado com a visita de Obama. “O Brasil deve ter ganho um nível de prioridade que não tinha antes”, afirmou.