Empresariado do Paraná se mobiliza contra CPMF

A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) organizou ontem uma mobilização em diversos municípios do Estado para pedir a não-prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. Com quiosques montados em Curitiba, Maringá, Cascavel, Londrina, Ponta Grossa e Pato Branco, a entidade organizou um abaixo-assinado que será enviado ao Congresso Nacional.

Na capital, a ação ocorreu na Boca Maldita das 9 às 14h. De acordo com o vice-presidente da Fiep, Helio Bampi, a intenção é que apenas se cumpra a lei. ?A CPMF é um imposto provisório e, como seu prazo acabou, deve ser extinto?, afirmou.

Segundo ele, que representou o presidente da entidade, Rodrigo da Rocha Loures, o governo tem hoje um excedente de R$ 70 bilhões que foram arrecadados a mais que o previsto e poderia abrir mão dos cerca de R$ 37 bilhões coletados pela CPMF. ?Sem a cobrança, há mais dinheiro no bolso do trabalhador, que pode consumir, e do empresário, que pode gerar mais emprego.? Para Helio, a extinção da contribuição poderia abrir 700 mil novos postos de trabalho. ?Os impostos gerados por estes novos trabalhadores reverteriam parte das perdas com a extinção da CPMF aos cofres do governo?, disse.

A respeito do uso da contribuição como parâmetro de controle quando do cruzamento com as informações do Imposto de Renda (IR), o vice-presidente disse se tratar de uma ?falácia?. ?O Banco Central já dispõe dessas informações, mesmo sem a CPMF?, disse.

Desvio

Apesar de não ter idéia de quanto dinheiro a CPMF custa para o seu bolso por ano, o bancário Lourival França Pereira assinou o abaixo-assinado e defende o fim da contribuição. ?Não é algo que vai fazer falta pra mim, mas esse dinheiro não é usado para o que deveria. Se o recurso fosse aplicado todo na saúde acredito que a situação estaria bem melhor que hoje?, explicou.

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