Economia não vai mudar no novo mandato

Foto: Arquivo/Agência Brasil

Dilma Rousseff: o governo Lula fez as coisas que eram possíveis.

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou, em conversa com jornalistas, ontem, no Palácio do Planalto, que, para o governo garantir recursos para investimentos, não basta reduzir juros. ?As coisas não são automáticas. Há um conjunto de condições. Queremos ampliar o investimento e acelerar a taxa de crescimento (da economia). Para isso, temos de falar de desoneração fiscal, o Estado (tem que) fazer parte das obras de infra-estrutura, e é preciso ter financiamento de longo prazo?, declarou.

 Dilma afirmou que o governo Lula ?fez as coisas que eram possíveis, sem aventureirismos. Um dia me perguntaram: ?Vocês mudaram a política?? Eu respondi: ?Não. A realidade mudou. Não mudamos política econômica nenhuma, o cenário é que mudou?, disse a ministra.

A ministra acrescentou que o governo atual teve que fazer um superávit maior do que o governo anterior, porque havia instabilidade na economia. ?Nos primeiros quatro anos de Fernando Henrique, houve déficit. Depois, nos outros quatro anos fizeram um superávit insuficiente. Já nós tivemos de fazer um superávit maior e conseguimos baixar a inflação. Há quatro anos, quando assumimos, havia instabilidade em relação à inflação, instabilidade externa e fragilidade fiscal.

Segundo ela, o governo Lula herdou um país ?sem modelos em diversas áreas?. Citou o setor elétrico e o de saneamento. Sobre o setor elétrico, Dilma afirmou que, no mercado atacadista de energia, ?ninguém pagava, e ninguém recebia.? ?Tinha uma pendência financeira de R$ 10 bilhões. As empresas estavam quebrando.

Crescimento

Dilma afirmou, ainda, que o crescimento da economia do País pode ser de 4% ou 5% e que a meta de 5% é ?absolutamente possível?. Segundo ela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva definiu um crescimento de 5% como uma meta a ser alcançada, mas ?meta é para perseguir, ai de quem não tiver meta.? E perguntou: ?Como você se movimenta, se mobiliza e coloca toda a capacidade de organização para atingir um objetivo se não tem meta? O objetivo (do governo) é o de acelerar o crescimento do País, que pode ser de 4%, 5%. A força de ter uma meta é que o objetivo é tangível para todos os que estamos no mesmo barco.?

A ministra disse que, para alcançar a meta, o País precisa se mobilizar: ?Meta é para ser cumprida no sentido da mobilização, não necessariamente você tem que acertar no zerinho. No Brasil, se ficar abaixo da meta, a casa cai.? A uma pergunta se a meta do governo de 5% de crescimento era factível, ela respondeu: ?Por que uma meta não é factível num país desta proporção? Hoje, é absolutamente possível (o crescimento de 5%).

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