Desemprego urbano na AL cai pelo quinto ano consecutivo, diz OIT

Brasília – Relatório divulgado nesta segunda-feira (28) pelo escritório regional da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para a América Latina e o Caribe indica uma queda da taxa de desemprego urbano nos países da região nos primeiros nove meses de 2007. O índice de desemprego alcançado foi de 8,5% para 15 países da região, 0,6% abaixo da taxa registrada no mesmo período de 2006.

A nova edição do Panorama Laboral mostra que foi o quinto ano consecutivo de quedas nas taxas de desemprego desses países, desde quando o índice chegou ao patamar de 11,4%. A expectativa, segundo o escritório regional da OIT, é de que se mantenha a tendência de queda em 2008, ainda que isso dependa da volatilidade da economia.

O estudo indica que, sendo mantidas as projeções de crescimento de 4,7% nas economias da região, a taxa de desemprego urbano chegará a 7,9%, alcançando níveis que não são registrados desde a década de 1990.

O diretor da OIT para a América Latina e o Caribe, Jean Maninat, afirmou em nota oficial que os números trazem otimismo e solidez para se enfrentar outros obstáculos do emprego.

?É uma evolução positiva, pois a taxa de desemprego baixou três pontos percentuais em uma década, e isso permite contar com um piso mais sólido para enfrentar a pendência da região, que é melhorar também a qualidade dos empregos.?

O Panorama Laboral destaca que, além do aumento percentual do número de trabalhadores empregados, também houve uma pequena melhora dos salários reais. Entretanto, em alguns países, o emprego informal chega a responder por 61,5% da população urbana ocupada.

Maninat ressaltou a disponibilidade da OIT para apoiar os países na formulação e aplicação dos planos de trabalho decente por país. Estes planos estão fundamentados na Agenda Hemisférica para o Trabalho Decente 2006-2015, apresentada e discutida em 2006 por representantes de governos, empregadores e trabalhadores.

Para a OIT, trabalho decente significa contar com oportunidades de empregos que sejam produtivos e produzam condições dignas ao empregado. Tudo isso traduz-se em segurança no local de trabalho, proteção social para as famílias, liberdade para as pessoas poderem expressar suas opiniões e participar das decisões que afetam suas vidas, igualdade de oportunidade e tratamento para mulheres e homens, e renda.

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