Déficit do Brasil no comércio com a China aumenta

O Brasil registrou em janeiro déficit de US$ 882 milhões no comércio com a China – quase a metade do saldo negativo com aquele país verificado em todo o ano de 2007. Os dados divulgados nesta sexta-feira (1.º) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que as exportações brasileiras para a China somaram US$ 654 milhões e cresceram 17,2%, em relação ao mesmo mês de 2007. Mas as importações de produtos chineses no período, de US$ 1,536 bilhão, aumentaram 94,2%.

O resultado do comércio bilateral mostrou-se mais explosivo que em 2007, quando a China ocupou o segundo posto entre os fornecedores de mercadorias ao Brasil, atrás dos Estados Unidos. Em 2007, essas importações haviam crescido 57,3%, em relação ao ano anterior, e contribuíram para o déficit de US$ 1,868 bilhões para o País. Em 2007, a China deteve 10,5% do mercado importador brasileiro. Em janeiro, passou a responder por 12,4%.

Em janeiro, até com a África o Brasil registrou déficit – de US$ 52 milhões. Com a Europa Oriental e o Oriente Médio, a Secex contabilizou superávits pequenos, de US$ 13 milhões e de US$ 21 milhões, respectivamente. O resultado não foi pior porque a Aladi (Associação Latino-americana de Integração, que inclui o Mercosul) e a União Européia garantiram saldos positivos para o Brasil. Com a Aladi, de US$ 1,049 bilhão. Com os europeus, de US$ 611 milhões.

O comércio com os Estados Unidos, tradicionalmente o principal parceiro do Brasil e com o qual País mantém saldo favorável, fechou o mês com um superávit de apenas US$ 2 milhões. As exportações brasileiras, de US$ 1,917 bilhão, cresceram 9,2% – porcentual bem maior que os 2,2% de 2007. Mas, como reconheceu o secretário-interino de Comércio Exterior, Fábio Faria, foram fomentadas pela venda de combustíveis, produto com alta demanda durante o inverno no hemisfério norte. As importações de produtos americanos, por sua vez, tiveram expansão de 40,8% e totalizaram US$ 1,915 bilhão. Em 2007, haviam crescido 27,7%.

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