CVM aumenta fiscalização em ações de petroquímicas

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu passar um pente fino em todo o setor petroquímico e olhar atentamente o movimento das ações das companhias. A fiscalização se intensificou após as suspeitas de uso de informação privilegiada por dois acionistas antes do dia 3, quando a Petrobras anunciou oficialmente a compra da Suzano Petroquímica. Mas o superintendente de Relações com o Mercado e Intermediários da CVM, Waldir Nobre, afirma que a atenção tem sido redobrada desde o início do ano, quando o grupo Ipiranga foi vendido. "Esse foi o primeiro passo na consolidação do setor", lembra.

A operação da Ipiranga também é alvo de investigação de vazamento de informação. Durante o processo, quatro investidores tiveram a liquidação de seus negócios com os papéis da Ipiranga bloqueados pela Justiça. No caso da Suzano, outros dois investidores tiveram seus recursos bloqueados.

Segundo ele, a CVM investiga ainda o comportamento das ações da Unipar, que no sábado divulgou um fato relevante sobre parceira com a Petrobras para a consolidação dos ativos das duas empresas no pólo do Sudeste. Os papéis da companhia tiveram um volume de negócios muito elevado na semana passada. "Estamos de olho em todo o setor, em tudo que envolve a criação da Companhia Petroquímica do Sudeste", afirma. Nobre revela ainda que a área de Relações com Empresas da CVM chegou a questionar a Unipar na semana passada sobre as notícias envolvendo a consolidação dos ativos.

Voltar ao topo