O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique, se reuniu hoje com o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e cobrou do governo o envio ao Congresso Nacional de projeto de lei para acabar com o imposto sindical que é cobrado diretamente no salário dos trabalhadores, com o desconto de um dia de trabalho, no mês de março.
“Estamos cobrando que a presidente Dilma cumpra o acordo que foi feito no governo Lula de enviar o projeto de lei ao Congresso”, disse Arthur Henrique, acrescentando que a proposta é de que no lugar do imposto sindical seja criada uma contribuição da negociação coletiva. “Queremos que os trabalhadores tenham o direito de decidir a forma de sustentação financeira das suas entidades sindicais, se querem ou não pagar por um sindicato que nem sabem qual é porque hoje são criados 2,3 sindicatos por dia e os trabalhadores muitas vezes nem sabem para onde vai um dia do salário dele do mês de março”, declarou, após a reunião com Carvalho.
“Do mesmo jeito que a Dilma quer que a gente cumpra o acordo do salário mínimo eu agora estou cobrando que a Dilma cumpra o acordo feito no governo Lula com as centrais, no sentido de enviar o projeto de lei ao Congresso. Isso vai ser discutido lá no Congresso. Não é o governo que diz se vai ou não dizer se vai continuar sendo cobrado o imposto sindical. Por isso tem de enviar o projeto assinado pelas seis centrais. O papel do governo é cumprir o acordo, encaminhando”, comentou.
Segundo ele, o ministro sinalizou que vai conversar sobre o assunto com a presidente Dilma e responder na próxima reunião com as centrais sindicais, em data ainda a ser marcada. Na opinião do presidente da CUT, esta nova forma de cobrança vai acabar com sindicatos que não atuam e existem apenas para receber o dinheiro do trabalhador. “O projeto está parado na Casa Civil”, avisou.