Coreanos acenaram com fábrica têxtil no Paraná

A multinacional sul-coreana Huvis, do ramo têxtil, que há quatro anos negocia com o governo de Santa Catarina – e poderia se transformar no maior investimento privado do Estado – teria ameaçando suspender os investimentos na unidade prevista para a cidade de Blumenau e transferí-los para o Paraná. É o que informa a edição de ontem (8) do Jornal de Santa Catarina, acrescentando que a fabricante de fios sintéticos pleitea ?beneficios relativos a impostos desde novembro junto ao governo do Estado de Santa Catarina, e ainda não os recebeu?.

Segundo a publicação, a multinacional previa aplicar no vizinho Estado um total de US$ 500 milhões até o ano de 2010 e gerar mais de mil empregos diretos. O impasse foi motivo de reunião realizada na terça-feira entre a direção da empresa e autoridades governamentais. Segundo o representante dos coreanos, Márcio Bursoni – citado pelo jornal – o encontro foi favorável e sinalizou para um acerto.

Bursoni explicou que é inviável à empresa fazer todo o investimento previsto no estado, sem o estímulo prometido. Caso a situação não se resolva favoravelmente, a empresa vai manter a unidade que já está instalada no município, mas a geração de empregos cai para os 150 funcionários já existentes. O estado – na reunião – teria prometido ?acelerar os benefícios? para a empresa ficar.

A principal reclamação dos coreanos é a cobrança de impostos diferenciada. Segundo Bursoni, enquanto os concorrentes pagam 12% de ICMS, a Huvis paga 17%. Para se equiparar, a empresa teria que se enquadrar no chamado Programa de Modernização, Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Social de Santa Catarina (Compex), que promove tratamento tributário diferenciado, o que ainda não ocorreu por falta de um pedido protocolado junto ao governo do estado.

Ainda segundo o jornal catarinense, o município de Blumenau é o maior interessado na manutenção da empresa, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, José Eduardo de Almeida, está otimista com as negociações.

 A reportagem entrou em contato com o gerente de projetos da multinacional, Márcio Bursoni, que informou que as negociações com o governo de Santa Catarina estão bem adiantadas. ?Com o entendimento com o governo do estado, a possibilidade de ir para o Paraná se tornou muito pequena?, afirmou Bursoni. Segundo ele, houve de fato intenção da multinacional coreana em abrir uma filial em Curitiba, mas as chances estariam reduzidas no momento. 

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