Copel muda diretriz para apoiar o desenvolvimento

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) voltará a ser a grande parceira do governo do Estado no desenvolvimento industrial e regional do Paraná e passará a adotar um caráter mais social, tratando a energia elétrica como um serviço público essencial e não apenas como uma mera mercadoria.

As novas diretrizes da empresa foram apresentadas ontem pelo Conselho Administrativo da Copel ao governador Roberto Requião. Entre as novas medidas que serão implantadas pela atual diretoria da companhia está o projeto que pretende universalizar o uso da energia, que passará a ser um beneficio garantido a todos os paranaenses. “Vamos rediscutir a política energética e o papel da Copel. Nossa meta é fazer a estatal voltar a ser um agente na atração de novas empresas e atuar no regaste da cidadania do povo paranaense”, explicou o presidente do conselho, Ary Queiroz.

No documento constam ainda a intenção de reativar o núcleo de pesquisa da Copel, visando estudos sobre a utilização de fontes energéticas renováveis e não-poluentes e a substituição do uso do petróleo por fontes de energia baseada na biomassa. Também estão incluídos a expansão do sistema de energia elétrica, a revisão de todas as parcerias da Copel com a iniciativa privada e a criação de um centro de excelência na transmissão de dados, voz e imagem através da rede da companhia.

Outros pontos importantes do documento são a intenção de envolver os ministérios de Minas e Energia e de Relações Exteriores na discussão sobre os contratos lesivos firmados pela direção anterior da Copel com as empresas Cien e a UEG, além da alteração do estatuto da empresa para consolidar a verticalização promovida pela nova diretoria.

O presidente da Copel e secretário-executivo do Conselho, Paulo Pimentel, disse que é a favor de transformar a empresa em instrumento de fomento da economia paranaense nas regiões paranaenses mais carentes. “Os resultados aparecerão rapidamente no crescimento da receita do Estado”, afirmou.

O Conselho é formado por nove membros, sendo que oito são representantes da sociedade civil e de sindicatos profissionais, e um é escolhido pelos funcionários da Copel. Seus principais objetivos são fixar diretrizes e também fiscalizar e gerenciar os atos da Diretoria Executiva da Copel, que é formado essencialmente por técnicos da empresa.

Durante o encontro com Requião, presidente do Conselho afirmou que nos últimos anos a empresa teve sua função distorcida e passou a não ter nenhuma preocupação com o povo paranaense. “Houve uma inversão no caráter do serviço público que a Copel presta e a energia, que deveria ser um direito de todos, passou a ser visto meramente como mercadoria”, criticou Queiroz.

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