Comércio do Paraná abaixo da média do Brasil

O comércio varejista do Paraná registrou em abril, na comparação com igual mês do ano passado, desempenho abaixo da média brasileira. Enquanto em nível nacional o volume de vendas cresceu 8,7%, no Estado o avanço foi de 5,4%.

Com este resultado, as vendas acumulam nos primeiros quatro meses do ano crescimento de 8,1% no Paraná – contra 11% na média do País – e 7,3% nos últimos 12 meses, pouco abaixo dos 10,3% registrados em nível nacional. Os números foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O setor de combustíveis e lubrificantes foi o único a registrar queda no Paraná em abril, de 3,1%. No acumulado do ano, também houve redução, de 5,6%.

Para o técnico da coordenação de comércio e serviços do IBGE, Reinaldo Pereira, a queda de vendas neste segmento não tem muita explicação. No caso específico de Curitiba, onde é grande a oscilação dos preços de combustíveis, o reajuste pode ter influenciado no volume de vendas. Na média do País, as vendas desse setor cresceram 8,3% em abril e 6% no ano.

De acordo com Reinaldo Pereira, as vendas do comércio em abril sofreram dois efeitos: o aumento de preços dos alimentos e o ?efeito Páscoa?, ou seja, como a Páscoa no ano passado foi comemorado em abril – e este ano em março -, os resultados de abril de 2008 foram influenciados por uma base de comparação elevada no ano passado.

?No caso de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo – que registrou aumento de 0,6% na média nacional -, houve variação negativa em vários estados por conta desse efeito-base e da inflação dos alimentos?, explicou Pereira.

No Paraná, o desempenho desse setor foi positivo, com crescimento de 2,4%. Apesar de muitas redes contarem com cartões próprios, que permitem vendas a prazo, a maior parte das compras ainda é feita à vista, segundo Pereira.

Outros setores com aumento nas vendas no Paraná foram o de tecidos, vestuário e calçados, com crescimento de 15,8%; móveis e eletrodomésticos, com alta de 14,1%; artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, que avançou 10,5%; livros, jornais, revistas e papelaria (1,2%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (48,6%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,2%). Também tiveram crescimento de vendas os setores de veículos, motocicletas, partes e peças (34,7%) e material de construção (15,7%). 

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