CMN flexibiliza aplicação de recursos da poupança

O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu flexibilizar a exigibilidade de aplicações dos recursos das instituições que operam com caderneta de poupança imobiliária ou rural. Conforme resolução aprovada hoje, os bancos que captam poupança exclusivamente para crédito imobiliário poderão aplicar até 10% em crédito rural. Por sua vez, as instituições que hoje só captam poupança rural também poderão optar por utilizar em crédito imobiliário até 10% da exigibilidade de aplicação em crédito rural. Segundo o diretor de liquidações e Desestatização do BC, Gustavo do Valle, a resolução do CMN atende a uma reivindicação dos bancos públicos e privados.

"Dentro do processo de flexibilização, a medida vem a permitir que todos pratiquem qualquer tipo de crédito. Há o interesse de bancos públicos e privados de operar nestes créditos", disse o diretor.

Ele informou que a oferta potencial de aumento de crédito imobiliário com a medida é de R$ 3,2 bilhões, enquanto para o setor rural a oferta rural pode aumentar em até R$ 12 bilhões, incluindo a Caixa Econômica Federal. Sem a caixa, a oferta potencial cai para R$ 7 bilhões.

Valle explicou que em nenhum dos dois segmentos os bancos estão cumprindo 100% da exigibilidade, que é de 65% da captação da poupança. Com isso, avalia o diretor, pode haver um aumento na oferta de crédito imobiliário e rural se as instituições financeiras resolverem cumprir a exigibilidade em outro segmento.

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