Cesta menos cara

Cesta básica cai 2,61% em Curitiba, mas segue em alta

Mesmo com queda de 2,61% em junho, a cesta básica do curitibano acumula altas de 10,28% no ano e de 12,84% nos últimos doze meses. Segundo o levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apesar de ter registrado a quinta maior deflação no último mês, Curitiba é a sexta no ranking do custo da alimentação essencial: R$ 332,30. São Paulo tem a cesta mais cara (R$ 354,63) e Aracaju a mais barata (R$ 247,64). Das 18 capitais pesquisadas, dez apresentaram retração no mês passado. Belo Horizonte teve o maior decréscimo (-7,33%) e Manaus (6,08%), o maior aumento.

O desempenho da capital paranaense foi puxado pelas reduções em oito dos treze itens monitorados. O principal impacto foi da banana, que barateou 11,72% e já tinha apresentado recuo em maio. Já o tomate, que vinha de uma elevação de 17,85%, caiu 5,24%. Outro declínio expressivo foi o da batata (-3,24%), dando sequência à tendência registrada no mês anterior. Entre as quatro altas no último mês, a maior foi verificada no arroz (4,42%), que também já tinha subido em maio. Depois aparece a farinha de trigo, que também acumula duas altas consecutivas (3,46% e 3,65%).

No ano, o tomate ainda lidera as variações em Curitiba, com valorização de 41,86%, seguido da batata (25,52%), óleo de soja (9,62%), arroz (8,76%) e carne (8,23%).

Mínimo necessário

Para uma família formada por um casal e duas crianças, a comida básica custou R$ 996,90, o equivalente a 1,38 salários mínimos. Pelos cálculos do Dieese, o salário mínimo necessário para cumprir a Constituição deveria ser de R$ 2.979,25. Esse é o valor para atender as necessidades vitais básicas do trabalhador e sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social.