Brasil e Nicarágua fecham questão sobre biocombustível

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, concordou nesta quarta-feira (8) em aceitar a cooperação do Brasil no desenvolvimento de biocombustíveis. Em uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Ortega insistiu que pretende explorar a geração elétrica a partir de hidrelétricas, mas que poderá introduzir a produção de biocombustível em seu o país. A única ressalva que fez é que a produção de etanol a partir do milho está vetada, por razões de segurança alimentar. Ortega advertiu também que não pretende ver países latino-americanos transformados em monocultores agrícolas.

No encontro, o presidente Lula antecipou a disposição do governo brasileiro de financiar a construção de hidrelétricas, na Nicarágua, e de estimular a participação de empresas brasileiras nessas obras. Advertiu, entretanto, que a Nicarágua, que passa por apagões de energia de sete a oito horas por dia, terá de, em curto prazo, utilizar o modelo energético que for mais fácil.

Lula enfatizou que cada país deve adotar o modelo energético compatível com os seus recursos e as suas necessidades de segurança alimentar. "É preciso ser claro que é a discussão dobre os biocombustíveis deve se dar em função da realidade de cada país. Eu não quero que a suíça produza biocombustíveis. Quero que compre do Brasil ou da Nicarágua" afirmou.

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