Brasil e EUA divergem sobre teto para subsídio agrícola

Brasil e Estados Unidos ainda divergem sobre o teto que deve ser imposto aos subsídios para a agricultura, mas as posições dos dois países começam a se aproximar. Negociadores revelaram ao jornal O Estado de S. Paulo que o governo americano insistiu, ontem, que pode somente estabelecer um teto de US$ 17 bilhões por ano em um acordo final da Organização Mundial do Comércio (OMC). O valor foi dito no primeiro dia de reuniões confidenciais entre Brasil, Estados Unidos, Índia e Europa em Potsdam (Alemanha) que vão definir o futuro da Rodada Doha.

O chanceler Celso Amorim defendeu que o teto seja de US$ 13 bilhões a US$ 14 bilhões. "Ainda não foi suficiente (o que foi proposto pelos americanos). Não chegamos ainda aonde queremos", disse, depois de sete horas de negociações. Os ministros dos quatro principais atores da Rodada Doha tentam até o fim da semana apresentar uma proposta que possa permitir um acordo final da OMC até o fim do ano.

Amorim demonstrou que quer manter o diálogo aberto com os americanos e não pretende atacar ninguém ainda a cinco dias do final do encontro. "O número apresentado pelos americanos não me decepcionou, mas também não me surpreendeu." De fato, os números estão mais próximos do que os limites que os dois governos vêm declarando publicamente. Os Estados Unidos apontam para US$ 22,5 bilhões e o Brasil fala em US$ 12,5 bilhões.

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