Criar um bom currículo é o primeiro passo para a conquista da recolocação no mercado de trabalho após o desligamento na montadora. É o que destaca o coach Guilherme Piazzetta. De acordo com ele, sites na internet disponibilizam orientações sobre como elaborar um currículo eficiente e que chame a atenção entre os recrutadores.
Piazzetta ressalta que investir no contato com outras empresas pode ser bastante produtivo. “Para os melhores sempre tem vaga. Até porque, quem não está demitindo, está contratando e quem é melhor qualificado sempre têm chance”, avalia ele, que indica os trabalhadores a procurarem pelo departamento de recursos humanos das corporações.
Para aqueles que atuam na área de gestão e gerências, além do currículo, este é o momento de investir em sua rede de contatos, o chamado networking. “É a hora de ligar para seus contatos mais próximos, para aqueles que você não fala há algum tempo e se apresentar a consultores de recursos humanos”, orienta o coach. Neste período, seja o trabalho realizado até então na área operacional ou de gestão, a capacitação deve continuar. Em cursos, inclusive, é possível fazer novos contatos e expandir a rede de relacionamento.
O coach orienta ainda a manter contato com sindicato da categoria, que pode negociar com as empresas a recolocação no mercado de trabalho. “Isto também é valido e para as empresas é importante porque a chance de passível trabalhista em casos de demissão em massa é grande”, afirma.
Empreendedorismo
E se o sonho sempre foi investir em um negócio próprio, este pode ser o momento. A orientação, porém, é de cautela e bastante planejamento antes de dar os primeiros passos. Quando se tem a intenção de empreender, o ideal é poupar, com benefícios como PLR ou recursos do acerto, por exemplo, e estar sempre de olho no mercado onde se pretende atuar para identificar as oportunidades.
“Isso é valido desde que o indivíduo tenha um sonho. Tem que ser planejado, não é bom abrir uma empresa no susto, ficar desempregado e então abrir uma empresa. Tem que ser feito aos poucos e de forma apaixonada, dando diferencial ao trabalho”, observa o consultor do Sebrae Paulo Tadeu Graciano.
Para ele, “não tem ramo certo ou errado” para se investir. O que importa é oferecer para o mercado uma proposta de valor diferenciado. “Tenha recurso próprio, evite pensar que o banco resolve. E faça conforme o recurso que tem, dá para fazer com investimentos pequenos até o mais robusto, desde que se saiba o que está fazendo”, reforça. Mudar a forma de pensar também é recomendado para quem deseja empreender. A orientação é deixar de pensar e agir como empregado e passar a atuar como empresário. O Sebrae oferece diversas capacitações para quem pretende investir no próprio negócio.