Bolsa bate novo recorde, acima de 22 mil pontos

Mesmo com volume reduzido de negócios por causa do feriado de final de ano, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou a bater recorde ontem. O Ibovespa, que reúne as ações de 54 companhias, fechou em alta de 1,10%, com 22.045 pontos e volume financeiro de R$ 693,6 milhões. Na última sexta-feira, o índice havia chegado em 21.806 pontos. 

Para o diretor de análises da Planner Corretora, Luiz Antônio Vaz das Neves, a bolsa paulista acompanhou as bolsas americanas, ?que surpreendentemente operam no campo positivo?. Entre as ações mais negociadas na Bovespa estiveram Petrobras PN, Telemar PN e Cemig PN. As maiores baixas foram de Telesp Celular PA PN (3,7%), Tele Centro Oeste PN (2,9%) e Tele Nordeste Celular PN (2,8%). Lideraram os papéis preferenciais da Net (10,1%), Tractebel ON (7,5%) e Siderúrgica de Tubarão PN (5,7%).

O analista da Planner explicou que os papéis da NET, vendidos a R$ 0,87 o lote de mil, foram favorecidos pela entrevista neste final de semana do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carlos Lessa, que confirmou pelos jornais a ajuda às empresas de mídia.

Neves disse que assim como em 1999, a bolsa paulista antecipou em 2003 o crescimento da economia no ano seguinte. Segundo ele, os investidores perceberam neste ano que os fundamentos da economia estão sólidos e, por isso, permaneceram apostando no mercado acionário. No acumulado do ano, a Ibovespa apresenta alta de 95,6%. No mês, a alta é de 9,2%.

Os papéis das companhias exportadoras de alimentos permaneceram em alta. Com a descoberta da ?vaca louca? nos Estados Unidos as empresas brasileiras passaram a exportar mais. Os papéis preferenciais da Perdigão subiram 4,13%, enquanto as ações PN da Sadia apresentaram aumento de 1,01%.

Câmbio

O dólar comercial fechou em queda de 1,38%, patamar mais baixo desde o dia 4 de novembro deste ano, quando estava em R$ 2,861. A moeda americana encerrou a segunda-feira cotada a R$ 2,860 na compra e R$ 2,862 na venda. O resultado da balança comercial e as captações de empresas ajudaram na desvalorização do dólar frente ao real.

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