Bancos

Bancários aprovam fim da greve e voltam ao trabalho

A greve dos bancários terminou e hoje todas as agências -tanto as dos bancos privados como as dos bancos públicos -devem abrir as portas. Ontem, em assembléia em Curitiba, os trabalhadores decidiram aceitar a proposta feita na noite da última terça-feira pela Federação Nacional dos Bancários (Fenaban).

A votação foi disputada, pois 155 bancários presentes na assembléia de Curitiba votaram por aceitar a proposta, e outros 132 não queriam suspender o movimento.

Os bancários da Caixa Econômica e do Banco do Brasil de Curitiba e região que, de início, cogitavam continuar com o movimento, também acabaram aceitando as propostas específicas dos dois bancos e suspenderam a paralisação. Os bancários mantiveram o movimento durante duas semanas.

Em todo o Brasil, assembléias também decidiram pelo fim da greve. A proposta da Fenaban prevê reajuste salarial de 10% para quem ganha até R$ 2.500, e 8,15% para as demais faixas salariais e para todos os benefícios.

Com relação à Participação nos Lucros ou Resultados (PLR), a proposta dos bancos é de 90% do salário mais parcela fixa de R$ 966, com teto de R$ 6.301. Porém, se a PLR ficar abaixo de 5% do lucro líquido, a participação no lucro será de 2,2 salários, com teto de R$ 13.862. Também ficou acertado que o total da PLR não poderá ultrapassar 15% do lucro líquido do banco, e o banco que teve prejuízo em 2008 não fará este pagamento.

Ontem, décimo quinto dia de greve, 150 agências bancárias de Curitiba e região metropolitana ficaram de portas fechadas. Além das agências, 12 centros administrativos – um do Bradesco, três da Caixa, quatro do Banco do Brasil e quatro do HSBC – também não abriram.

Desde o início da greve, três propostas foram feitas pela Fenaban. A primeira previa reajuste salarial de 7,5%, o que significaria 0,3% de aumento real. Já os bancários reivindicavam 13,23%, sendo 5% de aumento real.

A greve trouxe muitos transtornos aos usuários, que tiveram que realizar vários procedimentos bancários nas casas lotéricas e agências dos Correios e, para quem era correntista de determinado banco, os procedimentos poderiam ser feitos nos caixas-eletrônicos.

Algumas agências bancárias que não aderiram à greve, como a do Banco do Brasil do Detran, em Curitiba, por exemplo, ficavam cheias e tumultuadas todos os dias, em função das outras agências que não abriam.