Balança comercial abre agosto com superávit

Brasília

  – Em apenas dois dias úteis em sua primeira semana, a balança comercial iniciou agosto com um superávit de US$ 281 milhões. Com esse resultado, o saldo comercial do ano subiu para US$ 4,084 bilhões, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Esse valor está apenas US$ 1 bilhão abaixo da meta de US$ 5 bilhões estabelecida no início do ano pelo governo.

A combinação de um aumento das exportações com queda das importações assegurou o superávit da primeira semana do mês. Nesses dois dias úteis, as exportações totalizaram US$ 685 milhões. Depois de um aumento em julho, as importações voltaram a cair na primeira semana deste mês, chegando a US$ 404 milhões.

De acordo com os dados do Ministério do Desenvolvimento, a média diária das exportações na primeira semana do mês chegou a US$ 342,5 milhões, apresentando crescimento de 37,6% em relação à média de agosto do ano passado, de US$ 249 milhões.

Houve aumento nas vendas em todas as categorias de produtos. As exportações de produtos semimanufaturados tiveram crescimento nesse período de 106%, refletindo maiores vendas de celulose, alumínio em bruto, semimanufaturados de ferro/aço, couros e peles e óleo de soja em bruto.

As exportações de produtos básicos registraram aumento de 73,3%, com a expansão nas vendas de minérios de ferro, petróleo em bruto e carne suína. As exportações de produtos manufaturados registraram elevação de 8,3%, puxada pelas vendas principalmente de tratores, fio-máquina, laminados planos de ferro e aço, motores para veículos, automóveis, pneumáticos, autopeças, móveis, gasolina, bombas e compressores.

Em relação a julho, as exportações na primeira semana de agosto apresentaram, pela média diária, aumento de 26,6%. Do lado das importações, a média diária na primeira semana caiu para US$ 202 milhões, com uma retração de 8,9% em relação à média de agosto do ano passado, de US$ 221,7 milhões.

Quedas

Nesse período, caíram os gastos com as compras de automóveis e autopeças (34,5%), combustíveis e lubrificantes (27,9%), equipamentos elétricos e eletrônicos (26,9%), instrumentos de ótica e precisão (21%), plásticos (10,5%) e químicos (8,6%). Em relação a julho, as importações, pela média diária, tiveram na primeira semana queda de 7,6%.

Fipe prevê inflação maior

São Paulo (AE) – O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe (IPC-Fipe), Heron do Carmo, elevou sua previsão de inflação para agosto de 0,85% para 1%. O economista decidiu aumentar sua projeção por causa dos preços administrados que, segundo ele, deverão causar impacto mais intenso no IPC de agosto em relação a julho.

No mês passado, a taxa de inflação apurada na cidade de São Paulo foi de 0,67% ou 0,18 ponto porcentual abaixo da previsão da Fipe de uma taxa também de 0,85%. Isso ocorreu, de acordo com Heron, porque o impacto dos preços administrados sobre o IPC ficou abaixo do que a fundação esperava. O maior exemplo deste comportamento foi a gasolina, que terminou julho com alta de 3,04%, bem inferior aos 5% previstos anteriormente pelo coordenador da Fipe. Também contribuíram para a composição do IPC-Fipe em julho a tarifa de telefonia fixa, com alta de 2,75%; transporte coletivo, aumento de 0,99%; e energia elétrica, com elevação de 0,95%.

Para agosto, é esperado que o índice capte 10% do aumento de energia elétrica, elevação de 6% da telefonia fixa e uma contribuição de 0,05 ponto porcentual decorrente do aumento da tarifa de água e esgoto em São Paulo, de 8,28%.

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