Documentarista defende que gravidez precoce seja mais discutida na sociedade

Brasília – Autora de documentário sobre a gravidez precoce, a cineasta Sandra Werneck defende que o tema deve ser discutido na sociedade e tratado por políticas públicas de educação. "Se a gente for pensar no futuro do país, se não continuarmos prestando atenção na questão da gravidez precoce, ao longo de dez ou 20 anos vai se ter toda uma população de crianças que, provavelmente, ou vão brincar de boneca aos 13, 14 e 15 anos ou vão estar brincando de arma", afirmou.

Werneck lançou, na última terça-feira (23), em Brasília, o filme As Meninas. A cineasta conta que a idéia foi mostrar o que se passa com as meninas que "pulam" a adolescência. Durante um ano e meio, ela acompanhou a gravidez de três adolescentes, o parto e a relação delas com o filho.

"É uma fase em que se vai para a escola, tem amigos, se namora", disse, em entrevista à Rádio Nacional. "Por que essas meninas escolhem serem mães num momento tão importante na vida de qualquer adolescente? Então, isso me motivou a fazer o filme."

O espectador, segundo a cineasta, entende um pouco "de todo esse processo, desde a motivação, o que acontece com a família, de que maneira ela ajuda ou não, como é a relação com o namorado e como é a espera pela criança". E ainda, "depois que elas têm o filho, a relação pós-nascimento", completou.

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