Discursos de campanha

É ainda oscilante o desempenho do mercado de trabalho no Brasil, apesar de alguns resultados favoráveis no primeiro trimestre, medidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A única surpresa foi o crescimento do rendimento médio das pessoas ocupadas em seis regiões metropolitanas pesquisadas.

A taxa de desemprego apurada em São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Recife, em janeiro e fevereiro, foi de 10,6%, depois de atingir 9,6% em dezembro.

Há uma tarefa espinhosa a ser executada pelo governo Lula para cumprir, em parte, a meta prometida em termos de geração de empregos. Contrariando o messianismo utópico dos primeiros tempos do governo Lula, a lentidão da retomada do ritmo econômico suficiente para gerar os empregos alardeados é um obstáculo formidável às expectativas irrealizáveis dos discursos de campanha.

Em janeiro, o IBGE contou 2,203 milhões de desempregados nas seis regiões pesquisadas, número que aumentou para 2,313 milhões em fevereiro. Segundo o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), a trajetória de queda da taxa de desemprego desde abril de 2004 perdeu força nos últimos cinco meses, permanecendo em torno de 10,5%.

Múltiplos problemas políticos, econômicos e sociais, alguns de difícil solução, lotam a pauta do presidente Lula a 17 meses da eleição.

Voltar ao topo