Diretor de ONG de combate ao câncer é preso em São Paulo

A Polícia Civil de Araçatuba (SP) prendeu nesta quarta-feira (29) Elisângelo Aparecido Teixeira Silva, gerente do Grupo de Apoio à Pessoa com Câncer (GAPC) na cidade, acusado de estelionato. A prisão ocorreu durante blitz da polícia no escritório da ONG, onde foram apreendidos recibos de doações, comprovantes de depósitos, notas fiscais e computadores.

Com a prisão, a polícia descobriu que o GAPC arrecadava uma média de R$ 123 mil por mês em doações obtidas por meio de um serviço de telemarketing com 23 telefonistas, que ligavam para casa das pessoas. No mês passado, o GAPC arrecadou R$ 123.911 em doações.

O dinheiro era usado para pagar despesas da ONG, que atende 247 pacientes de câncer, e o restante era repassado ao presidente do GAPC, Arnaldo Braz, que vinha pessoalmente recolher o dinheiro em Araçatuba. Silva disse à polícia que Braz ou uma tesoureira vinham à cidade recolher quantias em dinheiro que variavam de R$ 15 mil a R$ 20 mil por mês.

Mas a polícia suspeita que esses valores sejam bem mais altos. De acordo com o delegado do 1º DP, Vilson Disposti, que coordenou a blitz, o escritório funcionava como uma "central de captação" de doações, mas não havia qualquer tipo de contabilidade sobre o destino dos recursos.

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