Desmatamento na Amazônia entre 2005 e 2006 deve ter nova redução de 30%

Brasília – O desmatamento na floresta amazônica entre agosto de 2005 e julho de 2006 deve fechar novamente em queda. A estimativa apresentada nesta quinta-feira (26) por um grupo interministerial, no Palácio do Planalto, aponta redução de 30% na taxa, quase o mesmo valor verificado entre 2004 e 2005 (31%). De acordo com o Projeto Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes), a previsão é de que a taxa entre 2005 e 2006 corresponda a 13,1 mil quilômetros quadrados de deflorestamento.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável pela coleta dos dados, a área é a segunda menor desde o início dos levantamentos, em 1988. A estimativa usou imagens de satélite nas regiões que concentram 67% do desmatamento. Em relação ao período de 2003 a 2004, quando a taxa ficou em 21 mil quilômetros quadrados, a queda chega a 52%.

Lançado pelo presidente Lula em março de 2004, o Prodes desencadeou diversas ações de monitoramento e controle em diversos setores do governo. Até agora, o programa resultou na apreensão de 814 mil metros cúbicos de madeira, além de 171 caminhões e 643 motosserras. Desde a criação do projeto, a emissão de multas chegou a R$ 2,8 bilhões.

Desde 2003, 11 grandes operações da Polícia Federal e do Ibama na Amazônia resultaram na prisão de 379 pessoas. Desse total, 71 eram servidores do Ibama, 19 eram servidores públicos de outros órgãos e 289 eram madeireiros e lobistas.

Além de atuar na repressão, o governo trabalhou na ampliação das áreas de preservação ambiental. Nos últimos quatro anos, foram criados 19 milhões de hectares em Unidades de Conservação e homologados 93 mil quilômetros quadrados de terras indígenas.

Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, as novas áreas de proteção, que totalizam 20 milhões de hectares, se concentraram em regiões de conflito e de expansão das frentes agrícolas. "Somente a Estação Ecológica da Terra do Meio, no Pará, tem 3,3 milhões de hectares e é a maior do planeta", ressaltou Marina.

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