Animais silvestres

Polícia estoura 'zoológico' clandestino em veterinária de bairro nobre de Curitiba

Animais encontrados em uma clínica veterinária do bairro Batel, em Curitiba. Foto: Divulgação/PCPR.

Um “zoológico” irregular de animais silvestres foi descoberto em uma batida policial na tarde desta segunda-feira (6), funcionando escondido dentro de uma clínica veterinária no Batel, em Curitiba. No local, foram encontrados 70 animais silvestres em situação inadequada que caracteriza maus-tratos. Entre os bichos havia cobra, tartaruga, papagaio, macaco, arara, jabuti, lagarto, iguana, aranha, entre outros. A clínica fica na Avenida Nossa Senhora Aparecida e é dirigida por um casal de médicos veterinários que serão investigados. A Polícia Civil (PCPR) chegou até lá por meio de denúncia.

+ Leia ainda: Faz compras em sites internacionais? Agora tem que pôr CPF para não ter produto barrado

Segundo o delegado Matheus Laiola, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), o estabelecimento apresentava mau cheiro e os locais onde os animais ficavam tinham péssimo estado. Alguns bichos estavam mortos. “A gente nem imaginava que em um bairro tão nobre de Curitiba havia quase um zoológico dentro dessa clínica. Todos os animais em péssimas condições. Nós autuamos o casal por maus-tratos e vamos informar o Conselho Regional de Medicina Veterinária para que tome as medidas administrativas contra eles”, disse Laiola.

+ Leia mais: Idosa fica com a boca cheia de feridas após usar inalador de postinho de saúde

A polícia explicou que somente a dona da clínica estava no local no momento da batida. O marido foi chamado depois. “Além da presença policial, a Rede de Proteção Animal também esteve lá para fins de autuação”, finalizou o delegado.

Trabalho incansável

Desde 2018, a DPMA vem trabalhando para coibir a ação maus-tratos a todos os tipos de animais. Um caso recente que chamou a atenção foi o desdobramento de uma ação que descobriu um grupo internacional que promovia lutas clandestinas de cachorros da raça Pit Bull. O início das prisões foi no Estado de São Paulo, mas a PCPR descobriu uma ramificação em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba.