Forte depoimento

“Tô vivo, mas no meio da terra”, vídeo de sobrevivente na BR-376 emociona

Um vídeo gravado por um sobrevivente do deslizamento de terra da BR-376 mostra o caminhoneiro José Altair, de 43 anos, preso dentro da cabine de seu caminhão, que ficou soterrado. Ele foi resgatado na noite de segunda-feira (28) e levado com ferimentos leves para Joinville pela Polícia Militar de Santa Catarina.

No vídeo, o caminhoneiro mostra como ficou a cabine do veículo. Pelas imagens, é possível ver a janela cheia de terra. “Olha como é que ficou o caminhão aqui. Eu tô vivo, graças a Deus. Eu tô vivo, mas tô no meio da terra, só num cantinho que sobrou do caminhão aqui. Eu tô todo cheio de corte, mas tô vivo, graças a Deus”, revela o caminheiro no vídeo.

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Depois do grande deslizamento de terra no km 669 da BR-376, na região de Guaratuba, na última segunda-feira (28), equipes de segurança prestam atendimento no local. São mais de 50 bombeiros atuando dia e noite para conseguir encontrar as vítimas do acidente envolveu 10 veículos de passeio e seis carretas.

A estimativa inicial é de que 30 pessoas estejam desaparecidas. O Corpo de Bombeiros também descartou a informação de que um ônibus estivesse entre os veículos soterrados. Segundo o último boletim oficial, seis pessoas foram resgatadas com vida. Duas pessoas morreram.

Resgates

O número de pessoas retiradas do local permanece o mesmo desde terça-feira (29). Seis pessoas foram resgatadas com vida e duas, infelizmente, em óbito. As equipes fizeram a busca de pessoas com câmeras térmicas, que podem detectar sinais de vida, mas os equipamentos não identificaram sobreviventes. Também está sendo feito o levantamento de informações de eventuais vítimas por meio da identificação das placas dos veículos e proprietários.

A rodovia está interditada nos dois sentidos e não há previsão para liberação do tráfego. As equipes também está fazendo a drenagem de pontos de permanência de água ao longo da rodovia e no topo da parte que desmoronou.

No período da tarde, houve risco de novo desabamento no local. Pontos de ruptura, por onde começaram a verter grande quantidade de água, foram percebidos. Isto ocorre pela intensificação das chuvas que já eram constantes. O risco de novos desmoronamentos cresceu.