Revoltados com o que aconteceu na noite desta quarta-feira (13), moradores e comerciantes de ruas próximas à distribuidora de bebidas onde Valdinéia Alves da Costa, de 47 anos, foi morta, no conjunto Laguna, bairro Tatuquara, protestaram na manhã desta quinta-feira (14). Segundo eles, tem comerciante que já perdeu as contas de quantos assaltos sofreu e todos sentem medo de andar pela rua.
Os comerciantes contaram à reportagem da Tribuna do Paraná que tem local que já sofreu 11 assaltos. Entre as cerca de 20 pessoas que estiveram em frente a distribuidora, na Rua Santa Rita de Cássia dos Impossíveis, o sentimento é o mesmo: frustração e insegurança.
“Sabemos que a Polícia Militar está sem condições de trabalhar. Não tem efetivo, não tem viaturas suficientes e as que ainda rodam, estão caindo aos pedaços, mas precisamos que algo seja feito”, disse uma das moradoras.
De acordo com quem vive na região, até sair com o celular na mão ou receber uma ligação na rua se tornou impossível. “Aconteceu esse crime com uma comerciante, porque ela cansou e acabou reagindo. Mas pode acontecer a mesma coisa com qualquer um de nós, porque nosso bairro está insuportável”, desabafou outra moradora.
Os comerciantes e moradores contaram que para o policiamento na região são destinadas duas viaturas da PM. “Mas essas viaturas não ficam só na região do Tatuquara, que já é grande. Os policiais precisam patrulhar em vários bairros vizinhos. Como teremos segurança?”, disse um comerciante.
O ato pacífico desta quinta foi feito até em respeito à família que perdeu a comerciante. Apesar disso, todos prometem que se algo não for feito logo, tomarão medidas mais drásticas como fechar a BR-116, que dá acesso ao bairro.