Previsto?

Sinaleiros da Linha Verde são desativados após engarrafamentos quilométricos

Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo.
Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo.

Iniciada em 2009 para ser sinônimo de progresso em Curitiba, a Linha Verde, extensão urbana da BR-116, ainda tem gerado muitas polêmicas — especialmente no trecho Norte. Na noite desta segunda-feira (15), por exemplo, alguns semáforos recém-instalados na via foram desativados após reclamações de que estariam gerando congestionamento quilométrico. Por outro lado, parte da população lamenta que os sinaleiros não estejam mais funcionando. A Superintendência Municipal de Trânsito (Setran), enquanto isso, ainda está analisando o que fazer para resolver a situação.

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Os semáforos foram instalados na altura do cruzamento da Linha Verde com a Rua Fagundes Varela, entre o Bacacheri e o Bairro Alto. Um dos principais motivos para a colocação dos equipamentos, de acordo com a Setran, era a necessidade de conter o trânsito devido a uma nova linha de ônibus que operaria na região, a Fagundes Varela/Fanny. O ônibus estava programado para começar a circular nesta segunda-feira, e por isso os sinaleiros foram ligados na semana passada. No entanto, a inauguração da linha atrasou, e com ela a necessidade dos equipamentos diminuiu — para o alívio de algumas das pessoas que transitam pela região.

“Estávamos esperando ansiosamente pelo sinaleiro, que nos ajudaria a atravessar a rodovia. Mas quando começou a funcionar, na semana passada, vimos que era um problema”, explica uma funcionária da empresa de alimentos que fica em frente ao trecho com os semáforos, e preferiu não se identificar. Segundo ela, em horários de pico a fila de veículos chegou até a altura de uma loja de materiais de construção, decoração e jardinagem, que fica a cerca de cinco quilômetros do local.

““Estávamos esperando ansiosamente pelo sinaleiro, que nos ajudaria a atravessar a rodovia. Mas quando começou a funcionar, na semana passada, vimos que era um problema”, explica uma funcionária da empresa de alimentos que fica em frente ao trecho com os semáforos, e preferiu não se identificar. Segundo ela, em horários de pico a fila de veículos chegou até a altura de uma loja de materiais de construção, decoração e jardinagem, que fica a cerca de cinco quilômetros do local.

Ao mesmo tempo, a funcionária admite que para quem precisa atravessar a BR para chegar à empresa, os semáforos tinham sido um alívio. “Agora que desligaram, as pessoas voltaram a atravessar correndo em meio aos carros, isso é muito perigoso, mas não existe nenhuma passarela por perto”, acrescenta.

Para Jeferson Luiz Pereira, funcionário de uma empresa de gesso, que também fica próxima ao local dos sinaleiros, os aparelhos tinham resolvido parte dos problemas enfrentados pela organização. “Mais pessoas começaram a vir até aqui, porque o semáforo permitiu o acesso até nós pela rua José Fernandes Maldonado”, esclarece Pereira, que antes precisava usar um retorno distante para chegar à sede da empresa. O trabalhador não nega que o trânsito acabou piorando quando os sinaleiros estavam ligados, mas explica que isso acontecia apenas em horários de pico.

Nesta terça-feira (16), com os semáforos novamente desligados, Pereira relata ter presenciado até mesmo discussões entre motoristas e agentes da Setran que orientavam o trânsito: “O pessoal já tinha se acostumado que agora poderiam fazer o acesso por aqui, então não entenderam nada quando a prefeitura voltou atrás”.

Responsável pelo trânsito da cidade, a Setran informa que os semáforos da região são monitorados permanentemente e feitos ajustes de acordo com a demanda dos veículos. A área abrangida, no entanto, é extensa e o órgão justifica que é em decorrência disso que podem ocorrer congestionamentos nos horários de pico.

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Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo.
Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo.

Soluções

Para quem frequenta, trabalha ou mora por ali, a solução definitiva para os problemas da Linha Verde Norte é simples: concluir todas as obras iniciadas na região. “Com os novos semáforos desligados, volta o congestionamento em um outro ponto que tinha sido aliviado, que é na altura do Hospital Vita. Não adianta nada se não terminarem a obra na pista”, explica a funcionária da empresa de alimentos. A obra referida ocorre justamente para transformação do canteiro central em canaleta de ônibus.

Pereira pensa da mesma forma: “Tem mais duas trincheiras que estão em obras há muito tempo e ainda não foram concluídas, e sem isso não tem semáforo ligado ou desligado que ajeite o trânsito por aqui”.

Em nota, a própria Setran explica que trabalha diante de restrições, e que “as obras necessárias para conclusão da Linha Verde Norte geram limitações ao trânsito de veículos”.

Enquanto isso, porém, o órgão afirma que ainda serão analisadas as necessidades da região — e se os semáforos serão ou não religados. Não há nenhum prazo para que a decisão seja tomada, e até lá os aparelhos devem seguir desligados.

Os semáforos da região são monitorados permanentemente e feitos ajustes de acordo com a demanda dos veículos. A área abrangida, no entanto, é extensa; em decorrência disso, podem ocorrer congestionamentos nos horários de pico.

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