Querem reajuste

Após noite na Alep, servidores mudam acampamento para o Palácio Iguaçu

A última sessão do primeiro semestre da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), na manhã desta quarta-feira (10), contou novamente com a presença de um grande grupo de servidores estaduais, que lotou as galerias da Casa para pressionar os deputados que discutem o reajuste do funcionalismo público. Como já havia sido indicado, no entanto, a votação do tema ficou para agosto, após o recesso.

Um grupo de servidores, estimado pelo movimento em cerca de 400 pessoas, passou a noite na Alep para acompanhar sessão desta manhã. Com faixas e gritos de palavras de ordem como “data-base já” e “fora Feder”, em referência ao secretário estadual de educação, Renato Feder, os manifestantes deixaram o local por volta das 11h20 com o fim da sessão. A pressão, então, passou a ser em outro local: o Palácio Iguaçu.

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Uma reunião havia sido marcada entre deputados e representantes do Fórum das Entidades Sindicais (FES) para discutir as reivindicações das diversas categorias do funcionalismo público. O encontro seria inicialmente ainda nesta quarta-feira, mas acabou adiado para o dia seguinte pelo líder do governo na Alep, deputado Hussein Bakri (PSD) – que, no entanto, reafirmou que não há possibilidade de alteração na proposta de reajuste salarial.

Por causa desse adiamento, de acordo com Hermes Leão, presidente da APP-Sindicato, os servidores decidiram acampar em frente ao Palácio Iguaçu, como forma de pressionar para que o encontro seja mesmo realizado. “Entendemos que diante desse desrespeito com o servidor, precisávamos vir para o centro do Poder Executivo”, diz Leão. “O governador havia transferido para os deputados a responsabilidade por mediar a greve, mas é o governador que precisa fazer essa mediação”.

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O governo oferece, em sua última proposta, um reajuste de 2% a ser pago em janeiro de 2020, além de duas parcelas de 1,5% em 2021 e 2022. Os servidores pedem ao menos que a primeira parcela do reajuste seja aplicada em outubro deste ano.

“A primeira medida em relação à proposta de reajuste anterior foi a retirada do regime de urgência”, diz Bakri. “E o governo mostrou disposição em fazer uma proposta de 2% em janeiro e o restante das demais parcelas nos anos subsequentes – uma proposta clara, concreta e que pode ser paga, levando-se em cona que temos uma situação complicada, que não temos uma certeza de que a economia vai andar do jeito que imaginávamos.”

Deputado da oposição, Tadeu Veneri (PT), considera, no entanto que as discussões não estão encerradas. “Acredito que as negociações foram até certo ponto, mas elas sempre podem evoluir”.

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