A conta chega

Sem recursos pra quitar contas com a Copel, 70% do setor de bares e restaurantes tenta negociar

Foto: Arquivo/Albari Rosa/Gazeta do Povo.

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) abriu negociação com a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) para parcelamentos e  reparcelamentos das contas de energia de bares e restaurantes. De acordo com a Abrabar, 70% desses estabelecimentos  estão com as contas vencidas. 

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Os pedidos para que as contas sejam revistas foram apresentados, nesta terça-feira (12), em audiência com o diretor jurídico da Copel, Eduardo Vieira, e o superintendente comercial de distribuição, João Acyr Bonat Junior. “Temos a informação  de que mais de 150 mil estabelecimentos do nosso setor estão com algum problema com a Copel”, disse Fábio Aguayo, presidente da Abrabar.

A atual determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) permite o corte do serviço em caso de atraso. No início da pandemia de coronavírus (covid-19), havia uma orientação diferente, que garantia o abastecimento de energia pelas companhias distribuidoras mesmo em imóveis inadimplentes. “Este fato fez aumentar o medo dos empresários, que não vislumbram outros caminhos senão negociar”, apontou Aguayo. No início de agosto, uma atualização do decreto 940 da prefeitura de Curitiba liberou bares como restaurante.

O presidente da Abrabar ainda lembra que a maioria das prefeituras e o governo do Paraná ditaram decretos que proibiam o funcionamento dos bares e restaurantes, que, aos, poucos, estão retomando as atividades. “Então, acho que agora é hora de bom senso, evitar o corte. Muitos locais tiveram corte quando o estabelecimento estava funcionando, o que trouxe constrangimento para a categoria”, informou Aguayo, que fez um apelo: “Temos que evitar isso”. 

Diálogo

Na reunião com os diretores, a entidade criou um canal de diálogo permanente para levar as demandas até a Copel. Segundo a Abrabar, a intenção é manter este canal para aproximar a categoria da companhia de energia, para facilitar as negociações.

“Com luz cortada ninguém consegue gerar receita. Tem que ter essa sensibilidade acima do normal, nesse momento excepcional que estamos passando”, finalizou o presidente da Abrabar.