Estratégia deu errado

Havan vende 5 kg de arroz por R$ 22; lojas de Curitiba são obrigadas a fechar

Havan. Foto: Henry Milleo / Gazeta do Povo / Arquivo

As Lojas Havan de Curitiba foram obrigadas a fechar na tarde desta quinta-feira (2) pelas equipes da Secretaria de Urbanismo da prefeitura. A rede seguia aberta desmo com o decreto estadual que proíbe o funcionamento do comércio não essencial pelos próximos 15 dias que vem sendo acompanhado pelas prefeituras de sete regionais, entre elas a capital e região metropolitana.

Em Curitiba, a secretária de Saúde, Márcia Huçulak, confirmou o fechamento de duas grandes redes de lojas na tarde desta quinta-feira. Segundo a assessoria da prefeitura, os estabelecimentos foram as Lojas Havan e as Lojas Americanas, que foram obrigadas a parar imediatamente com as atividades de comércio na capital.

O decreto, que proíbe o comércio não essencial, passou a valer na quarta-feira (1º), com o objetivo de conter a pandemia do coronavírus. A Havan então, para não fechar as portas, passou a vender alimentos para ser classificada como dentro do setor de comércio essencial.

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A estratégia gerou polêmica e não deu certo em Curitiba. Mas na região metropolitana, a rede segue vendendo arroz, sardinha e até atum. O problema é que os clientes de uma loja de Colombo, na região metropolitana, procuraram o Procon para reclamar dos preços. Segundo as denúncias, um pacote de 5 kg de arroz custa cerca de R$ 22 na loja.

De acordo com a diretora do Procon-PR, Cláudia Silvano, as Lojas Havan no Paraná foram notificadas para explicar o preço considerado elevado do arroz. Em média, nos supermercados, 5 kg de arroz custam cerca de R$ 12, quase metade do valor na Havan. “Uma coisa é a questão do alvará, que não é atribuição do Procon. Outra é o preço. Arroz é um produto da cesta básica. Há uma diferença de preço em relação ao mercado, por isso estamos investigando”, disse a diretora.

Ainda segundo o Procon-PR, a empresa foi notificada para apresentar justificativa para o valor de venda. “Buscamos informações sobre o preço que comprou e por quanto vendeu”, conclui a Claudia Silvano.

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Caso a prática de preços abusivos seja constatada, a Havan pode ser multada. Os valores das multas variam entre R$ 600 a R$ 8 milhões. A rede de lojas foi procurada pela reportagem, mas não quis se pronunciar sobre o caso.

Tipo de alvará

A prefeitura de Colombo, responsável pela emissão de alvarás, foi procurada pela Tribuna para explicar qual é o tipo de alvará que as Lojas Havan possuem na cidade. Até o fechamento da matéria, a reportagem ainda aguardava resposta para atualizar as informações.


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