Hora de agir

Secretário de Saúde cogita medidas mais duras pra frear covid-19 em Curitiba, RMC e Oeste

Secretário estadual de Saúde do Paraná Beto Preto. Foto: André Rodrigues / Gazeta do Povo / Arquivo

O secretário estadual de Saúde, Beto Preto, voltou a falar da possibilidade de se adotar medidas mais duras no enfrentamento da pandemia de coronavírus nesta quarta-feira (24). Em entrevista ao jornal Meio-Dia Paraná, da RPC, o secretário disse que medidas mais restritivas para reforçar o isolamento social não estão descartadas, principalmente em Curitiba, região metropolitana e o Oeste do estado, onde a ocupação dos leitos de UTI preocupa.

De acordo com o boletim epidemiológico de terça-feira (23), o Paraná está com 59% dos leitos de UTI pra covid-19 ocupado. Entretanto, em Curitiba esse índice chegava a 75%, com as UTIs do Hospital do Trabalhador e do Evangélico Mackenzie já 100% ocupadas. Em Cascavel, epicentro da pandemia na região Oeste, havia apenas um leito de UTI disponível pra coronavírus terça-feira.

“Cascavel e região de Curitiba apresentam uma condição de medida mais forte com relação às medidas de controle. É Importante pensarmos nisso, pois o número de leitos está chegando ao limite”, alerta Beto Preto. “Vamos continuar colocando leitos até quando? Cabe nesse momento pensar que estamos com números melhores que o Brasil, mas que dentro de poucos dias podemos ter um colapso”, enfatiza o secretário.

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Beto Preto afirma que boa parte das pessoas está afrouxando o isolamento social cada vez mais. Ele admite o esgotamento mental da população em ficar em casa, mas reforça que ainda é preciso esforço para as ações preventivas, como o uso de máscara, lavagem das mãos, uso de álcool gel e, principalmente, o isolamento social.

“Talvez tenhamos que rever resoluções no sentido de mudar essa opinião pública com relação ao isolamento. Não tem vacina, não tem cura. Precisamos nos unir”, apela o secretário de saúde.

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“Infelizmente temos algumas pessoas que passam do limite e que não aguentam mais ficar em casa. Mas não tem mágica. Temos que reintegrar o pedido de isolamento social. Caso contrário, nossos leitos vão se esgotar. Está chegando perto de termos que fazer uma quarentena mais dura”, enfatiza.


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