Patrimônio

Reforma do Belvedere, destruído parcialmente em incêndio, está perto de sair do papel

Foto: Divulgação/SCMS

Nove meses após o incêndio que atingiu o Belvedere, no bairro São Francisco, em Curitiba, foi lançado o edital de licitação para a execução dos trabalhos de restauro e revitalização do edifício Belvedere. O aviso foi publicado no Diário Oficial do Município desta quarta-feira (12). As propostas devem ser entregues e abertas no dia 15 de outubro, às 9h, no auditório da secretaria (Avenida Manoel Ribas, 2.727, Mercês).

Com valor máximo de R$ 1.458.287,97, o edital prevê o restauro interno e externo do edifício conforme as especificações técnicas. O prazo de execução das obras é de oito meses a partir da Ordem de Serviço. O prédio será a nova sede da Academia Paranaense de Letras (APL) e irá abrigar um café escola do Sesc Paraná.

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Recursos

O processo licitatório foi possível após a aprovação do uso de recursos do Fundo Municipal do Patrimônio (Funpac) para o restauro, que aconteceu em uma reunião ordinária do Conselho Municipal do Patrimônio em meados de agosto.

O montante, de R$ 384.500,00, complementa o valor necessário para restauro do prédio, tombado pelo Patrimônio do Estado e cadastrado como Unidade Especial de Interesse de Preservação (UIEP) e danificado por um incêndio em dezembro do ano passado.

O prefeito Rafael Greca já havia assinado, em junho de 2017, o decreto de transferência de R$ 1,073 milhão em recursos de potencial construtivo para o restauro do edifício. Porém, após o incêndio, o valor da obra subiu para cerca de R$ 1,4 milhão.

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Obtenção do edital

O edital e demais documentos podem ser obtidos no site da Prefeitura de Curitiba. Basta selecionar a modalidade de Concorrência Pública e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente como órgão licitante.

Outras informações estarão disponíveis com a Comissão Permanente de Licitação da secretaria pelo telefone (41) 3350 9229, em horário comercial.

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História

Tombado pelo Estado, o exemplar arquitetônico desenhado com linhas art nouveau foi construído em 1915, pelo então prefeito Cândido de Abreu, para ser um mirante no ponto mais alto urbanizado da capital.

“A conservação é memória de justiça a Cândido Ferreira de Abreu, que foi prefeito de Curitiba por duas vezes”, disse Greca, em visita ao espaço. Em seu mandato de 1915, lembrou o prefeito, além de erguer o Belvedere, Cândido de Abreu fez os bondes elétricos e outras grandes melhorias na cidade. A edificação teve outros usos, como a sede da primeira rádio do Paraná, a Rádio Clube Paranaense, e o ateliê do escultor João Turin.

Moradores de bairro de Curitiba não aguentam mais tanta poeira e lama na porta de casa!