Preocupação

Ludopatia: projeto propõe o combate ao problema em Curitiba

Vício em jogos é tema de debate na Câmara dos Vereadores de Curitiba. Foto: Deposit Photos

Um projeto de lei que tramita na Câmara Municipal de Curitiba pretende criar uma campanha de conscientização para combater o vício em jogos de azar, especialmente entre crianças e adolescentes. A proposta, de autoria do vereador Bruno Rossi (Agir), tem como foco as escolas públicas da capital paranaense.

A ludopatia – nome técnico para o vício em apostas – é caracterizada pelo desejo incontrolável de jogar mesmo diante das consequências negativas que isso traz para a vida do apostador. O parlamentar justifica sua iniciativa citando dados alarmantes: segundo estudo do Instituto de Psiquiatria da USP, 60% dos jogadores compulsivos brasileiros têm dívidas maiores que sua renda mensal e 27% já pensaram em suicídio.

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O Ministério da Saúde estima que 1,5% da população brasileira sofre de algum transtorno relacionado ao vício em jogos de azar, o que evidencia a gravidade do problema.

Para atacar a questão, o projeto (005.00639.2025, com substitutivo 031.00272.2025) propõe a realização de atividades educativas com materiais pedagógicos impressos e online que abordem os impactos na saúde física, psicológica, social e financeira dos jovens.

A campanha deve ser intensificada durante o Janeiro Branco e o Setembro Amarelo, períodos já dedicados a ações de suporte à saúde mental e prevenção ao suicídio.

Entre as medidas sugeridas estão o incentivo ao diálogo sobre tecnologias de controle parental nos ambientes familiar, escolar e social, além da capacitação de professores para identificar sinais de compulsividade. O projeto também recomenda que as escolas realizem palestras e debates sobre os danos causados pela prática.

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“Ao promover a educação sobre o uso responsável da tecnologia e o risco das apostas online, podemos criar uma cultura de proteção, conscientização e apoio, que favoreça o bem-estar dos jovens e garanta um futuro mais saudável e promissor”, afirma o vereador, na justificativa do projeto.

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