Redução da violência

Projeto de segurança de Moro é lançado na Grande Curitiba, com chegada da Força Nacional

Cerca de 100 agentes da Força Nacional vão atuar no município. Foto: Divulgação/AEN/Geraldo Bubniak

Foi lançado, nesta sexta-feira (30), em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), o projeto-piloto Em Frente Brasil – Programa Nacional de Enfrentamento à Criminalidade Violenta, idealizado pelo ministro da Justiça Sergio Moro. Com isso, a cidade recebeu 100 policiais da Força Nacional de Segurança, que passarão a atuar em conjunto com as forças de segurança estaduais (Polícia Militar e Polícia Civil) e municipal (Guarda).

O programa foi idealizado para combater crimes de maior gravidade, principalmente homicídios, além de propor um diagnóstico das causas da violência para planejar ações futuras em diversas áreas como educação, saúde, saneamento e integração social. Os policiais vão atuar em São José dos Pinhais por 120 dias em cinco grandes áreas da cidade que reúnem pelo menos 15 bairros.

+Leia também: Curitiba ganha novos voos nacionais e internacionais com expansão da Latam

 

Composição da frente

A força-tarefa que vai atuar em São José dos Pinhais é integrada por agentes da Força Nacional de Segurança, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Departamento Penitenciário Nacional, Secretaria Nacional de Segurança Pública, Secretaria de Operações Integradas, Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, Departamento Penitenciário Estadual e Guarda Municipal. Ela reúne centenas de policiais, 75 viaturas, 20 motocicletas e dois helicópteros.

A primeira etapa, mais ostensiva, vai até novembro. Enquanto isso, as secretarias estaduais e os ministérios do Saúde, Economia, Educação, Cidadania, Desenvolvimento Regional e Mulher, Família e Direitos Humanos estudam locais e fatores socioeconômicos que tenham correlação direta com a incidência criminal para apontar novas soluções para a segurança pública.

A cidade da Região Metropolitana de Curitiba foi escolhida pela localização estratégica (cortada por três rodovias, BR-376, BR-277 e BR-116), potencial econômico, situação fiscal e gestão alinhada com o projeto. Também foi levado em conta os índices de homicídios de 2015, 2016 e 2017. Além de São José dos Pinhais, o projeto-piloto será replicado em Ananindeua (PA), Cariacica (ES), Goiânia (GO) e Paulista (PE). O custo total é de R$ 20 milhões.

+Leia também: Uso irregular de carro municipal que capotou é alvo de denúncia na Grande Curitiba

Cooperação

Segundo o tenente Eduardo Antonio Scharwz, porta-voz da Força Nacional de Segurança, os agentes foram orientados pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública a atuar em parceria com as forças estaduais em qualquer situação. “A Força Nacional está preparada para tudo, é o nosso lema. Serão intervenções em presídios, incursões em áreas de risco, situações de crise, mandatos de busca, mandados de prisão. Vamos apoiar as ações das policiais locais”, afirmou.

O coronel Romulo Marinho, secretário de Segurança Pública do Paraná, destacou que o projeto-piloto em São José dos Pinhais servirá de modelo para encontrar novas metodologias na proteção da comunidade. “Aqui no Paraná o programa encontrará solo fértil para servir de modelo para os outros Estados. A cidade vai servir de arena para encontrar os aspectos positivos e negativos. Vamos encontrar soluções para replicar esse modelo integrado em inúmeras cidades daqui para frente”, complementou.

O coronel Péricles de Matos, comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, destacou que houve planejamento intenso das ações em Brasília nos últimos meses para identificar as áreas que serão alvo da cobertura. “É a primeira operação conjunta que envolve os três níveis, federal, estadual e municipal. Todos estão conjugados num plano estratégico de aplicação. Entre os agentes da Força Nacional de Segurança estão aqueles que atuam com criminalística e a Polícia Civil. É um ciclo completo, da parte ostensiva e preventiva”, pontuou.

Morte de jovem lutador de karatê em atropelamento com detalhes cruéis revolta família