Corrupção

Prefeito da RMC é preso em operação por suspeita de fraude na saúde

Foto: reprodução / redes sociais.

O Ministério Público do Paraná (MPPR) deflagrou, nesta quinta-feira (09/10), a Operação Fake Care, que apura um esquema de corrupção na pasta da saúde de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba. De acordo com o órgão, servidores públicos e empresários são investigados por corrupção ativa e passiva, contratação direta ilegal, peculato e lavagem de dinheiro.

A operação aponta a atuação de uma organização criminosa que teria desviado recursos públicos por meio de contratos direcionados com uma empresa responsável por serviços de testagem domiciliar e levantamento estatístico. Segundo as investigações, o grupo simulava processos legais de contratação para justificar pagamentos superfaturados e repasses ilícitos.

O prejuízo estimado ultrapassa R$ 10 milhões, segundo o MPPR. Entre os principais alvos estão servidores do alto escalão do município. A Justiça decretou cinco prisões preventivas, incluindo as do prefeito Marco Marcondes (PSD) e do secretário da Fazenda, responsável também pela gestão da saúde.

Além do prefeito Marco Marcondes, foram presos Fernando Gomes, comentarista esportivo e sócio de uma das empresas investigada, Francisco Roberto Barbosa, secretário da Fazenda (ex-secretário de Saúde), Alberto Martins de Faria, auditor do Tribunal de Contas do Paraná, e Samuel Antonio da Silva Nunes, sócio de empresa investigada.

A reportagem da Tribuna do Paraná entrou em contato com a Prefeitura de Fazenda Rio Grande e aguarda um esclarecimento sobre a prisão do prefeito e servidores investigados.

Além das prisões, a Justiça determinou o afastamento de quatro investigados de suas funções públicas, medida que impede a atuação deles em cargos de comando durante as apurações. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços residenciais, gabinetes da prefeitura e escritórios localizados em Fazenda Rio Grande e Curitiba.

A investigação, conduzida sob sigilo pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos (SubJur), contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), responsável pela execução dos mandados judiciais.

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