Clima tenso

Parte dos vereadores de Curitiba quer cassação de Renato Freitas (PT)

Vereador Renato Freitas (PT) no alvo da ira dos evangélicos da Câmara de Curitiba
Vereador Renato Freitas, do PT. Foto: CMC

Os vereadores Osias Moraes (Rep), Ezequias Barros (PMB), Marciano Alves (Rep) e Tânia Guerreiro (PSL) apresentaram representação por quebra de decoro parlamentar contra o líder da oposição na Câmara Municipal de Curitiba, Renato Freitas (PT). Os vereadores, integrantes da bancada evangélica na Câmara, acusam o colega petista de ofensas à honra e à dignidade pessoal, além de discurso discriminatório e de intolerância religiosa.

Entre as ofensas relatadas pelos vereadores, Freitas os teria chamado de “pastores trambiqueiros”, afirmado que a crise é vista com bons olhos pelas lideranças religiosas, “por gerar mais pessoas desesperadas” e que os pastores são contrários à políticas públicas de assistência social para “serem vistos como salvadores”.

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O desentendimento entre a bancada evangélica e Freitas começou na sessão de 10 de fevereiro quando Ezequias Barros defendeu as comunidades terapêuticas ligadas às igrejas e criticou PT e Psol por tentarem, na Câmara Federal, impedir o funcionamento deste tipo de comunidade.

“A crise para vocês dá lucro, porque gera pessoas desesperadas, gera pessoas frustradas, gera pessoas sem esperança na vida e que por isso precisam das palavras firmes e fortes. E vocês se julgam, se autoproclamam os intermediários legítimos da interpretação a palavra, o que eu discordo por absoluto”, disse Freitas, que defendeu que os recursos devam ser investidos nos Centros de de Atenção Psicossocial (CAPS). “Mas, para vocês, os CPAS precisam desaparecer e para isso, as iniciativas públicas, laicas e gratuitas do Estado precisam desaparecer, para que vocês apareçam logo depois como os possíveis salvadores e arrecadando esse dinheiro”, disse.

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Em 16 de fevereiro o discurso de Freitas foi criticado por outros vereadores evangélicos e o líder da oposição rebateu afirmando que estava preparado para o enfrentamento “das pequenas igrejas, grandes negócios, ou das gigantescas empresas que já funcionam, como a Igreja Universal, comprando emissoras de rádio, comprando empresas, fazendo ali o seu curral eleitoral”.

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