Poucas chuvas

Paraná está em alerta de emergência hídrica, segundo o Sistema Nacional de Meteorologia

Represa do Passaúna está com 55% de sua capacidade de abastecimento. Foto: Lineu Filho.

O Sistema Nacional de Meteorologia (SNM), coordenado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), emitiu um alerta de emergência hídrica associado à escassez de chuvas para a região hidrográfica da Bacia do Paraná para o período de junho a setembro de 2021. Atualmente, na região de Curitiba, os reservatórios estão em 53,12%.

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De acordo com o SNM, o déficit de precipitação na bacia do Paraná está relacionado à influência de dois fenômenos atmosféricos de grande escala. O primeiro é La Niña, fenômeno que geralmente reduz as chuvas no Sul do Brasil, e segundo, a Oscilação Antártica (OA), responsável por alterar o padrão de pressão atmosférica na região. Desde outubro de 2020, a OA tem atuado para impedir que sistemas causadores de chuvas se desloquem sobre as regiões continentais da América do Sul.

A situação de escassez hídrica não é de agora De acordo com o levantamento feito pelos órgãos que analisam as chuvas entre outubro de 2019 e abril de 2021 na bacia do Paraná, apenas em dezembro de 2019, agosto de 2020 e janeiro de 2021 as precipitações ficaram acima da média. “Durante a maior parte do período houve predomínio de déficit de precipitação, principalmente a partir de fevereiro de 2021. Essa característica se mantém no mês atual, com acumulado parcial de 27 milímetros para a bacia, ou seja, abaixo do acumulado climatológico que é de 98 milímetros”, informa o texto do alerta.

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Se acalme!

Apesar do alerta, a Sanepar não prevê mudanças radicais no atual modelo de rodízio. Para os próximos dois meses (junho e julho), a empresa responsável pelo abastecimento de água no Paraná, espera que as chuvas sigam a rotina histórica.

Para junho e julho, a média sobe e alcança até 106 mm (junho) e 98 mm em julho, devido à queda de influência do fenômeno La Niña. “Temos uma projeção que os reservatórios fiquem acima dos 50% e isso acontecendo, vamos manter o mesmo rodízio. Se baixar o nível de 50% como ocorre em agosto quando a média de chuva cai para 79 mm, e a estiagem permanecer, tomaremos outras medidas”, completou o diretor da Sanepar. A última medição realizada nesta sexta apontou para o volume total de 53,19% nos reservatórios.

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O estado, especialmente a região de Curitiba, sofreu com um rodízio severo no abastecimento de água, deixando domicílios 36 horas sem água e 36 horas com água. Foram meses com chuvas abaixo da média. Com a melhora da situação, o nível dos reservatórios superou a margem de segurança de 60%, permitindo à Sanepar suavizar a restrição na distribuição de água para os consumidores.

Semana seca

Ao contrário dos últimos dias, que registraram uma chuva significativa, o Simepar aponta uma semana mais seca a partir desta segunda-feira (31). Pelo menos até o próximo sábado o tempo deve permanecer sem chuvas em Curitiba. No domingo, a previsão aponta 13,6 milímetros.