Na manhã desta quarta-feira (8), um paciente de 40 anos com suspeita de Covid-19 agrediu fisicamente um médico e cuspiu em toda a equipe da Unidade de Pronto Atendimento do bairro Sítio Cercado, em Curitiba. De acordo com o Sindicato dos Médicos do Estado do Paraná (Simepar), o homem estava internado na UPA e teria ficado transtornado ao receber a notícia de que iria para o hospital.

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Durante a situação, o paciente teria arrancado o acesso venoso e foi pra cima da equipe médica. O médico Igor Kazuo, segundo o Simepar, não teve tempo para se paramentar. Ele teria ido até a porta da sala onde estava o paciente, falando com o homem a uma distância segura. Mas o rapaz partiu para cima do profissional e o agrediu.

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Em nota, o Simepar lamenta o ocorrido e diz que se preocupa com a proteção de todos os profissionais que atuam na linha de frente. “Como não há testes suficientes e muitos pacientes são assintomáticos, o sindicato defende a necessidade de EPIs de maior proteção para todos”, afirma o sindicato.

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Pelo Facebook, o prefeito Rafael Greca diz se solidarizar com o médico Igor Kazuo. “Telefonei comovido ao Doutor Igor para agradecer a dedicação ao nosso SUS Curitibano. Dele ouvi corajosa profissão de Fé na Medicina”, comenta o prefeito em sua rede social.

Secretaria afirma que não há falta de EPIs

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e a Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas) afirma em nota que seguem todas as normas do Ministério da Saúde para o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), fato comprovado por laudos de inspeção dos Conselhos Regionais de Mecidina (CRM-PR) e de Enfermagem (Coren-PR).

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A prefeitura reforça ainda que não há proibição do uso de EPIs para os colaboradores. “A fundação vai além das normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e está fornecendo os equipamentos mesmo em situações em que não seriam necessários, segundo o Ministério da Saúde”, explica.

Tanto a Secretaria da Saúde quanto a Feas repudiam a agressão ao médico e se solidarizam com a vítima e lamentam a tentativa do sindicato de relacionar a violência à suposta falta de EPIs.

Casos em Curitiba

De acordo com o último boletim divulgado nesta quarta-feira (9), a cidade tem atualmente 228 casos confirmados, 147 casos suspeitos, 749 descartados e 83 pessoas já recuperadas. Hoje há 57 pessoas internadas na capital, 24 delas em estado grave, contando com o uso de respirador pulmonar na UTI. Duas pessoas morreram em Curitiba nas últimas 24 horas.