A Polícia Civil do Paraná (PCPR) realizou uma operação que resultou na prisão de seis pessoas investigadas por crimes contra crianças e adolescentes na internet. A ação aconteceu na manhã desta sexta-feira (12), atingindo várias cidades paranaenses – Curitiba, Colombo, Fazenda Rio Grande, Mandirituba, Jacarezinho e Bandeirantes – além de Frutal e Uberlândia, em Minas Gerais.
Cerca de 60 policiais civis foram mobilizados para cumprir 11 mandados de busca nos endereços dos suspeitos. Durante a operação, que contou com o apoio da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), foram realizadas quatro prisões preventivas e uma temporária, sendo que duas dessas pessoas também foram autuadas em flagrante. Um indivíduo adicional, que era alvo apenas de mandado de busca, acabou preso em flagrante por estar com materiais contendo pornografia infantojuvenil.
Os dispositivos eletrônicos apreendidos, incluindo celulares, computadores e HDs externos, serão encaminhados para perícia e ajudarão no andamento das investigações. Entre os crimes que motivaram a operação estão estímulo à automutilação, produção, compartilhamento e armazenamento de pornografia infantojuvenil, aliciamento de crianças, estupro de vulnerável por meio virtual e sextorsão.
Investigação minunciosa
Esta é a terceira edição da ação realizada pela PCPR. As duas primeiras aconteceram em março e outubro do ano passado, resultando também na prisão de seis pessoas envolvidas em crimes contra menores na internet.
“O objetivo da operação em todas as suas edições é a repressão qualificada e a prevenção a estes crimes praticados na internet. Os alvos desta sexta-feira não têm relação entre si, mas figuram em inquéritos policiais que estão sendo conduzidos pela PCPR”, afirma o delegado Thiago Soares.
A polícia tomou conhecimento dos casos através de notificações de organizações não governamentais e boletins de ocorrência registrados pelos responsáveis das vítimas. Em algumas das situações investigadas, as vítimas foram coagidas a produzir e compartilhar mais conteúdos pornográficos sob ameaça de exposição pública na internet. Em outros casos, os investigadores identificaram que os suspeitos estimulavam menores de idade a praticarem automutilação.
“Os criminosos podem pensar que estão escondidos e impunes no ambiente virtual, mas isso não é verdade. A polícia dispõe de meios para investigar, identificar e rastrear autores destes crimes”, destaca o delegado.



