Um bar localizado no bairro Jardim das Américas, em Curitiba, foi alvo de uma fiscalização que investiga a comercialização de bebidas alcoólicas adulteradas. A ação, realizada pela Vigilância Sanitária de Curitiba, junto com a Polícia Civil e Científica do Paraná, aconteceu neste sábado (04/10).
Conforme a prefeitura, a ação foi possível após policiais encontrarem entre os pertences de um paciente intoxicado por metanol notas fiscais de compras realizadas no local. Os recibos e as imagens das câmeras de segurança mostram que o homem, de 60 anos, comprou algumas bebidas destiladas entre os dias 29 e 30 de setembro, no valor de R$ 5,50.
A Vigilância Sanitária analisou a procedência da bebida e constatou a suspeita de adulteração a partir da análise da rotulagem, da ausência do selo de segurança, do lote e da fabricação do produto, do volume, da forma e quantidade envasada. Lucia Nogas Milani, coordenadora da Vigilância Sanitária de Curitiba, explica que, com os indícios de falsificação dos produtos, foi lavrado o termo de apreensão para investigar se as bebidas foram adulteradas com o uso do metanol.
“A vigilância coletou as amostras para avaliação e análise fiscal do conteúdo desse produto. A população pode denunciar estabelecimentos que estejam comercializando produtos falsificados e adulterados para a Vigilância Sanitária, pelo telefone 156”, afirmou.

Dois casos de contaminação por metanol confirmados em Curitiba
Conforme a prefeitura, o paciente dono das notas fiscais segue internado desde a última quarta-feira (01/10). Depois de consumir bebida alcoólica, ele teria apresentado sintomas de intoxicação que evoluíram para crises convulsivas.
Além dele, neste fim de semana, foi confirmado o segundo caso, um homem de 71 anos. Outros dois casos são investigados em Curitiba e em Foz do Iguaçu.
A Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba (Sesa) e a Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp) afirmam que intensificaram as ações conjuntas de rastreamento da origem das bebidas e de orientação à população. A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está investigando todos os casos registrados no estado, em parceria com a Polícia Científica.



