Nova regra

Motos terão de pagar por vaga com o EstaR Eletrônico em Curitiba

Placas do EstaR Eletrônico informando a cobrança que será cobrado estacionamento regulamentado de motos já foram instaladas. Foto: Lineu Filho / Tribuna do Paraná

Motos de passeio vão ser incluídas na cobrança do EstaR Eletrônico, aplicativo que vai substituir os cartões nas vagas regulamentadas do EstaR em Curitiba. Para os carros, a mudança vale a partir de 16 de março. Para os motociclistas inda não foram definidos valore e nem data para começar a cobrança. Segundo a Urbs, empresa municipal que gerencia o transporte público, primeiro o sistema para carros será aperfeiçoado para depois serem implantadas as regras das motos.

O que está definido é que motos de placa vermelha não pagarão para estacionar. Ou seja, quem trabalha com motofrete não vai pagar o EstaR Eletrônico. Só vão pagar as motos de passeio.

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Na última terça-feira (11), a prefeitura começou a instalar 3,5 mil placas de sinalização que indicam a cobrança do EstaR Eletrônico. Entre elas, já estão placas que indicam a cobrança para motos. Elas foram instaladas nos estacionamentos de motos no Centro de Curitiba, indicando que será preciso pagar para usar a vaga pelo aplicativo das 9h às 19h de segunda a sexta-feira e das 9h às 13h aos sábados.

Assim como no caso dos carros, os motociclistas poderão comprar créditos do EstaR Eletrônico pelo aplicativo de celular ou em pontos de vendas físicos ainda a serem definidos. O funcionamento será exatamente igual ao dos automóveis: o motociclista deve indicar o local onde vai estacionar, a placa da moto e o tempo de permanência – lembrando que o novo sistema vai operar com horários fracionados de 15 minutos, e não de uma hora ou duas horas, como são os cartões atuais.

Cobrança divide motociclistas

O novo EstaR já gera polêmica entre os usuários do transporte de duas rodas. Os principais questionamentos são quanto à fiscalização e sobre o cadastro das motos de motofrente que já existe há 11 anos. A Urbs cadastras as motos de motofrete desde 2009, mas nas ruas é quase impossível visualizar a placa vermelha nas motos dos entregadores de encomendas.

Para os carros, a cobrança do EstaR Eletrônico começa dia 16 e já tem valores definidos. Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná.

Roberson Ludgero, 49 anos, administrador de empresa, tem uma moto de passeio desde 2016. Com ela, costuma fazer atividades pessoais e profissionais quando precisa participar de reuniões no Centro. “Não acho justa a cobrança. O motociclista precisa ser ágil em todos os sentidos e vai acabar com a praticidade. Além disso, quem vai definir as regras se eu estou a trabalho ou passeando? Quanto ao cadastro, nem sabia da existência”, relata Roberson.

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O cadastramento é exclusivo para profissionais que fazem o transporte de documentos e pequenas cargas com motocicleta – os motoboys. A moto precisa estar equipada com antena corta-pipa e protetor de pernas. O uso do baú não é obrigatório, mas se for utilizado precisa estar dentro das medidas determinadas pela legislação e equipado com faixas reflexivas. Capacete e colete, com faixas reflexivas, são de uso obrigatório.

O motoboy Alan Ferreira, 28 anos, é dono de placa vermelha. Acostumado a rodar pelo Centro, ele reclama da dificuldades para estacionar nos locais liberados para motos no Centro, problema que ele acredita que a cobrança do EstaR para motos de passeio possa ajudar. “Sou favorável à cobrança e vai ser a melhor coisa. Tem gente que larga a moto de passeio aqui cedo e só busca no fim da tarde, já o fluxo do motoboy é rápido.  Com cobrança de EstaR, essas pessoas vão pensar duas vezes antes de estacionar”, avalia Alan Ferreira.

Cadastro na Prefeitura

Apesar de existir desde 2009, o cadastro para trabalhar com motos em Curitiba não pegou.  A Urbs não tem um número exato de quantas motos estão cadastradas, mas com a cobrança do EstaR Eletrônico a fiscalização deve aumentar. 

“Não existe vantagem alguma em ter o cadastro. Quem tem placa vermelha não pode carregar ninguém e só serve para trabalhar. A única vantagem para ser sincero é no IPVA, que o valor é um pouco mais em conta”, ressalta Alan.

Para fazer o cadastro, o motociclista pode acessar o site da Urbs, no setor de motofrete. Nesta página, além da relação de documentos necessários e do passo a passo para fazer o cadastro, o motofretista encontra o modelo de solicitação de cadastro que pode ser impresso e com valores a ser pago pelo serviço.

Na sede da Urbs na rodoviária, o atendimento é feito na Área de Táxi, de segunda a sexta-feira, das 12h30 às 18h30. Informações também podem ser obtidas pelos telefones 3320-3115 e 3320-3321.