Nova variante?

Moradores de Manaus que vieram pra Curitiba sabiam que estavam infectados pelo coronavírus

Todos receberam atendimento e as amostras respiratórias foram encaminhadas para a FioCruz, no Rio de Janeiro. Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná.

Parte das pessoas que vieram do Amazonas em busca de atendimento médico contra covid-19 em Curitiba viajou mesmo sabendo do teste positivo para o coronavírus. São nove pessoas, sendo que três estão internadas. Além destes vieram três pessoas de uma mesma família (pai, mãe e filha), além de um jovem e um casal, que estava sem ser identificado, mas que buscou um serviço da secretaria de saúde. Todos estão sendo monitorados.

+Leia mais! Curitiba vacina 2.042 moradores com a 1ª dose contra a covid-19

Segundo a medica infectologista Marion Burger, da prefeitura de Curitiba todos vieram de avião. “Não temos informações de ninguém que veio de carro ou ônibus. Esperamos que eles tenham tomado todos os cuidados no avião, que não tenham tirado a máscara em nenhum momento, nem se alimentado. Isso que estamos levantando com essas pessoas a partir do momento que sabemos que eles tinham vindo”, explicou Marion Burguer em entrevista ao Meio Dia Paraná, da RPC.

Para a especialista da prefeitura, algumas das pessoas vieram para escapar do caos da saúde em Manaus, que passa uma crise por falta de oxigênio. “Há pessoas que vieram porque estavam preocupadas com a situação da saúde em Manaus. Algumas vieram com início de sintomas e outras coletaram amostra, mas que vieram antes dos dias de complicação da doença”, explicou a servidora.

Leia também! Curitiba recolhe frascos de vacinas aplicadas pra evitar falsificação

Amostras são avaliadas

As amostras que foram coletadas dos manauaras foram encaminhadas para a FioCruz, no Rio de Janeiro, que irá verificar se realmente se trata de uma nova linhagem do coronavírus.

“Pedimos que as pessoas não deixem de tomar os cuidados, mesmo com a perspectiva de haver uma vacinação. Essa vacinação, que está começando no Brasil inteiro, permite que algumas pessoas estejam protegidas, mas até que a população esteja protegida, precisamos ter vacina suficiente para um grande número de pessoas que funcionam como um escudo contra o vírus”, explicou a infectologista da prefeitura de Curitiba.