Estelionato

Loja de carros em bairro nobre de Curitiba é suspeita de dar golpe de quase R$ 1 milhão; dono foi preso

Desde de setembro há vítimas que alegam que não receberam pela venda de seus carros. Foto ilustrativa: Felipe Rosa/Arquivo/ Tribuna do Paraná

O proprietário de uma loja de veículos no bairro Batel, em Curitiba, foi preso na última quarta-feira (20), suspeito de dar golpes em mais de 20 pessoas. As vítimas chegavam a transferir a documentação de veículos imaginando que estavam vendendo o bem, mas o dinheiro da comercialização não aparecia. Estima-se que o prejuízo chegue a R$ 870 mil.

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Segundo a Polícia Civil, até o momento 23 vítimas registraram boletim de ocorrência contra o homem. Os relatos apontam que a estratégia era iniciada nas redes sociais, após donos anunciarem seus carros para a venda. Uma pessoa entrava em contato e relatava ter um comprador interessado no veículo. Após isso, solicitava que o carro fosse levado à loja para realização de vistoria e posteriormente, mostrado para o possível comprador. 

A partir daí, as vítimas eram induzidas a assinar um contrato de intermediação de venda do veículo e uma procuração para transferência em cartório. Elas alegaram receber um valor simbólico como sinal e a promessa de que o restante do valor seria pago em 15 dias, entretanto, todas relataram que isso não ocorreu. 

Investigação

Daniela Antunes Andrade, delegada da Polícia Civil, reforça que desde o ano passado, as investigações apontavam para a ocorrência de um crime de estelionato.

“Desde o ano passado estamos recebendo denúncias deste homem. Realizamos diligências e ele não foi encontrado nos endereços. Na semana passada tivemos a informação que estaria por aqui e na quarta-feira, tivemos êxito na prisão. O inquérito vai ser concluído até o final da próxima semana e encaminhado ao Poder Judiciário”, disse a delegada.

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A loja foi inaugurada em julho de 2020 e desde o mês de setembro há vítimas que alegam que não receberam pela venda de seus automóveis. Os veículos das vítimas foram bloqueados administrativamente junto ao Departamento de Trânsito do Paraná (Detran), para evitar novas transferências e que outras pessoas de boa fé sejam envolvidas no crime. O proprietário da loja foi indiciado por estelionato.