Projeto Unidos pela Vacina

Mais que seringas: levantamento revela as principais dificuldades da vacinação no Paraná

Foto: Pixabay.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva analisou as principais dificuldades dos municípios de todos o Paraná para garantir uma vacinação em massa. O levantamento faz parte do projeto Unidos pela Vacina, liderado por Luiza Helena Trajano, que comanda a rede de lojas de varejo Magazine Luiza.

A pesquisa é realizada em todo o Brasil e o Paraná foi um dos primeiros estados a apresentar resultados do levantamento. Os dados agora vão permitir o andamento do projeto, que não propõe a aquisição de vacinas, muito menos fabricação ou importação de doses. A proposta apartidária pretende agilizar o processo de vacinação por meio de doação de empresas e cidadãos.

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Cada município recebeu um questionário com perguntas sobre as principais necessidades estruturais e de insumos para que a vacinação aconteça. Pode ser falta de seringas, luvas, algodão, pode ser um toldo para uma vacinação drive-thru, por exemplo. A ideia é que essa demanda seja suprida o mais rápido possível com as doações.

Das 399 cidades do Paraná, são 17 (cerca de 4%) que não têm pia com água, sabonete, papel toalha, lixeiras com pedal, caixa coletora de perfurocortantes e sacos plásticos; 46 (cerca de 12%) precisam de caixas térmicas em condições de uso para as salas de vacina, ações extramuros e transporte das vacinas; 72 (cerca de 18%) precisam melhorar as condições da geladeira com medição e alarme de temperatura; 2 (cerca de 0,5%) precisam de freezer em boas condições; 72 (cerca de 18%) querem sala de vacinação adequada e 2 (cerca de 0,5%) precisam de equipamentos para garantir o registro das informações dos pacientes pelo prontuário digital.

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Ainda conforme a pesquisa, as cidades apontam que os desafios junto ao governo estadual para a vacinação contra a covid-19, considerando somente a escolha de 1º lugar do questionário, são logística (15,7%), verba para vacinação (15%), comunicação (8,5%), seguido por  insumos -seringas, agulhas e outros (6,4%).

Maior desafio está na comunicação

E o maior desafio junto à população para a vacinação, considerando a escolha de 1º lugar do questionário, é compreensão do cronograma (45,8%), seguido de fake news (22,4%) e ausência de campanha (4,6%). 

Para as doações chegarem ao destino correto, a prefeitura informa as necessidades de insumos e materiais para o Unidos pela Vacina, e as empresas, entidades ou pessoa física procuram o projeto para poder ajudar um município. O projeto mostra as demandas de cada cidade, e as empresas decidem o município que desejam acolher. 

Pequenas, médias e grandes empresas, pessoas físicas, jurídicas, instituições. Quem puder e quiser ajudar tem espaço para participar desse grande projeto. Para ser um fornecedor, ou se tiver interesse em adotar um município, basta enviar um e-mail para pr@mulheresunidaespelavacina.com.br ou preencher o formulário disponível no site www.unidospelavacina.org.br.