Contra pandemia

Lockdown na região metropolitana de Curitiba aos domingos é discutido em reunião nesta sexta

Foto: Arquivo/Jonathan Campos/Gazeta do Povo.

A instauração de um lockdown aos domingos na região metropolitana de Curitiba, pode não ser uma definição da reunião da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec), que ocorre na tarde desta sexta-feira (04). A reunião é retomada após a definição do decreto do governo do Paraná, publicado nesta quinta-feira (03). Lockdown é quando ocorre o fechamento total, o que neste momento não deve ser opção por causa do comércio.

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Segundo Marcio Wozniack, presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec) e prefeito de Fazenda Rio Grande, o termo lockdown pode ser transformado em restrições aos clientes. “Será que fechar o comércio aos domingos não vai aglomerar estes estabelecimentos na sexta, sábado? Estamos numa época forte do comercio e em uma semana em que as pessoas receberam seu 13º salário junto com o pagamento. Isso está trazendo um poder de compra maior e tudo deve ser analisado”, explicou. No fim de novembro a Assomec discutiu medidas duras para o comércio na RMC.

Questionado sobre uma alternativa, Wosniak explicou que o regramento na entrada das lojas pode ser um caminho. “Limitar a quantidade, evitar que a família toda vá para a loja, não levar crianças pequenas. O decreto do governador deixou bem claro: eventos com mais de dez pessoas não é permitido”, ressaltou Wozniack.

Segundo ele, é preciso tentar colocar o menor número de pessoas ou espaça-los adequadamente. “As pessoas receberam seu dinheiro, querem tentar sobreviver na pandemia e o comércio também precisa acompanhar o poder público, defendendo a vida, mas podendo sobreviver nessa pandemia que já está há nove meses”, disse. “Temos que entender vários fatores. Trabalhar para evitar a aglomeração e contaminação das pessoas”, ressaltou.

Migração preocupa

Curitiba participa na reunião, já que de nada adianta medidas em uma cidade e outra estar com o comércio liberado ou fechado. “Curitiba está parceira dos prefeitos para um regramento único. De nada adianta uma cidade fechar e outro ficar aberto para as pessoas migrarem”, ressaltou.