Vacina do Butantan

Hospital de Clínicas de Curitiba conclui aplicação da Coronavac sem reações graves até aqui

Hospital de Clínicas da UFPR
Hospital de Clínicas da UFPR, em Curitiba. Foto: Cassiano Rosario / Gazeta do Povo / Arquivo

O Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná em Curitiba já vacinou todos os 1,4 mil voluntários que participam da pesquisa da Coronavac, vacina chinesa contra a covid-19 que será produzida no Brasil em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.

A aplicação das duas doses foi concluída dia 30 de outubro, sem que nenhum voluntário do HC apresentasse reação adversa grave – apenas reações leves, como dor no local da aplicação da vacina, por exemplo. Parte dos voluntários recebeu a vacina propriamente e parte recebeu placebo – substância sem efeito – conforme os padrões de pesquisa internacional. Agora o HC segue o acompanhamento do quadro clínico dos voluntários.

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A conclusão da aplicação das doses nos voluntários do HC ocorreu antes da polêmica suspensão da pesquisa da Coronavac em todo o país determinada segunda-feira (9) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além do Hospital de Clínicas de Curitiba, outras 11 unidades clínicas participam da pesquisa no Brasil.

A suspensão foi determinada pela Anvisa após a morte de um voluntário que recebeu a dose em São Paulo. O caso ganhou contorno polêmico com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), inimigo político do governador paulista João Doria (PSDB), comemorando a suspensão do estudo. “Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, respondeu o presidente a um questionamento no Twitter sobre a suspensão.

No mesmo dia, porém, o Butantan enfatizou que a morte não teve nada a ver com o estudo da Coronavac. Inquérito da Polícia Civil de São Paulo aponta que a causa da morte do voluntário seria suicídio ou overdose. Com isso, a Anvisa liberou a retomada do estudo do Butantan.