Briga de gangues terminou com a morte de dois jovens e outro gravemente ferido nas Moradias Monteiro Lobato, no Tatuquara. O pedreiro Felipe Diego Jarek, 18 anos, o “Felipão”, foi assassinado a tiros na Rua Lauro Calixto, por volta das 23h15.
Meia hora depois, Hellen Karoline Leal, 16, e o namorado dela, Kennedys Pinheiro da Silva, 19, foram baleados na cabeça na Rua Irineo Maksemisu, a cinco quadras do primeiro caso.
Helen morreu no local e Kennedys foi levado por familiares ao Hospital do Trabalhador, onde permanecia internado em estado grave até a noite de ontem. Segundo o delegado Hamilton da Paz, da Delegacia de Homicídios, o casal foi baleado em represália à execução de Felipe. Kennedys pertencia à turma do “Carcaça”, líder da gangue.
“Essa turma matou Felipe, que pertencia à gangue dos Abusados. Para vingar a morte, o pessoal foi atrás do grupo rival. O primeiro que encontraram foi Kennedys. Como a namorada dele estava junto, também foi baleada”, contou o delegado.
Crimes
O primeiro crime aconteceu por volta de 23h15. Felipe andava na rua com um amigo, quando um desconhecido apareceu de bicicleta, sacou uma arma e atirou. Testemunhas disseram ter ouvido cerca de seis disparos.
O amigo dele conseguiu fugir ileso. O padrasto dele, Nilson Siqueira, revelou que o jovem ficava encrenqueiro quando bebia. Por conta da bebedeira, sempre arranjava confusões, e também era usuário de droga.
Policiais do 13.º Batalhão ainda atendiam ao homicídio de Felipe, quando ouviram tiros. A equipe encontrou Hellen e Kennedys caídos na Rua Irineo Maksemisu. Um morador revelou à polícia que escutou a aproximação de um automóvel na rua.
Ele ouviu os ocupantes do veículo trocarem algumas palavras com o casal e em seguida os tiros. Era o Corsa Wind bordô, placa AGL-7050, cadastrado num endereço no Água Verde, que saiu do local às pressas. Como o motivo do crime foi vingança, a polícia acredita que nos próximos dias deva chegar aos autores.
| Átila Alberti |
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| Hellen saiu para namorar, mas foi executada. |