O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), garante que a obra de troca de asfalto da Avenida Visconde de Guarapuava não vai gerar confusão no trânsito. A obra vai trocar 3,7 km de asfalto entre as ruas General Carneiro, no Centro, e a Cândido Xavier, no bairro Vila Izabel. A previsão é de que o trabalho dure entre 30 e 45 dias, se a chuva não atrapalhar.  

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“Não vai haver confusão. Na hora de mamãe pegar o filhinho no colégio, a obra para”,  disse o prefeito no lançamento da obra na tarde desta segunda-feira (10). “Não vai atrapalhar as aulas porque nos horários de ir e vir, de manhã e à tarde, a obra não funciona. A obra é das 9 h da manhã às 5 h da tarde [nos dias de semana]”, ressalta o prefeito. Aos sábados, o trabalho será das 8h às 13h.

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As obras serão nas duas faixas da direita, ficando as demais quatro faixas, incluindo os dois lados do canteiro, liberadas para o trânsito. Para tentar organizar o trânsito, que normalmente já é bem complicado na avenida nos horários de pico, a Superintendência de Trânsito (Setran) fará um esquema especial para orientar os motoristas.

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Entretanto, a principal orientação é para que os motoristas evitem passar pela Visconde de Guarapuava enquando o asfalto estiver sendo trocado. Além dos agentes de trânsito, placas serão instaladas para orientar os motoristas. “A minha turma sabe fazer. Vão fazer duas faixas de cada vez”, diz o prefeito.

Sobre o fato de a obra começar logo após o período de férias escolares, a Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP) explica que a prefeitura é obrigada a obedecer os prazos de licitação, bem como da execução da obra. Segundo a pasta, este cronograma bateu no período em que as aulas já retornaram. “A prefeitura pede desculpa pelos transtornos, que é momentâneo para melhorar a cidade”, reforça a pasta.

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 De acordo com a própria Setran, desde quarta-feira (5), quando a maioria das escolas e faculdades voltou às aulas, o fluxo de carros nas ruas de Curitiba aumentou 30%.

Comerciantes animados

Proprietário de uma loja de máquinas que fica na pista da esquerda da Visconde, Alexandre dos Santos Dutra, 35 anos, espera que o asfalto novo diminua o ruído da passagem dos veículos na via. A loja dele está entre as ruas Dr. Faivre e Francisco Torres desde 2002. São 18 anos vendo o asfalto envelhecer. Mas, dessa vez, o comerciante não acha que o movimento sofrerá tanto impacto quanto na época da retirada das vagas de estacionamento da Visconde, que começou naquele trecho em 2006.

“O fim das vagas, sim, atrapalhou o movimento. Mas agora acho que precisava mesmo de um novo asfalto. O ruído dos carros aqui dentro da loja é alto por causa desse asfalto que está aí”, aponta Dutra.

Francisco Garcia, 75 anos, dono de uma farmácia do lado direito da Visconde, na esquina com a Dr. Faivre, por onde as obras passarão primeiro, se diz preparado para os transtornos. “Se é para o bem da cidade, temos que contornar os problemas. Só espero que fique bom”, disse.

Assim como o dono da loja de máquinas, Garcia também reclama que a retirada das vagas de estacionamento causou maior impacto no comércio. “Aquilo sim foi transtorno”, finaliza.